Fim do movimento retrógrado de Urano – quais as implicações?

Por Redação
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Chega ao fim o “movimento retrógrado” de Urano – O que significa essa expressão para a ciência?

Na tarde desta quinta-feira (30), Urano inicia um processo no qual seu movimento para o oeste através da paisagem celeste é interrompido, e o astro retoma sua trajetória normal para leste, finalizando seu “laço” retrógrado. Esse termo é utilizado pois, durante seu percurso, o planeta aparenta formar um laço no céu.

Essa inversão de direção é um fenômeno comum a todos os planetas do Sistema Solar, ocorrendo periodicamente. De acordo com o site In-The-Sky.org, para os planetas cujas órbitas são mais externas do que a da Terra (como Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), esse movimento retrógrado se inicia alguns meses após a oposição, momento no qual estão do lado oposto do Sol em relação ao nosso planeta, que se encontra entre os dois corpos celestes.

O reajuste de direção de Urano, que começou seu movimento retrógrado em 1º de setembro de 2024, terá início às 13h16 pelo horário de Brasília.

O movimento “retrógrado” de Urano (e de todos os planetas) é uma ilusão óptica causada pela mudança de perspectiva à medida que a Terra se move em órbita. A Terra ultrapassa Urano a cada aproximadamente 370 dias devido à sua órbita mais curta e rápida, fazendo com que o planeta pareça se mover na direção oposta por alguns dias.

Quanto mais distante do Sol, mais tempo um planeta passa em movimento retrógrado. A animação apresentada ilustra esse conceito, mostrando a linha de visão da Terra para um planeta e como o objeto aparenta se mover pelo céu de acordo com a perspectiva terrestre.

Por Flávia Correia, redatora.

Flávia Correia é formada em Jornalismo pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já atuou como assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer para a revista Veja e o antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Com esta reversão de direção de Urano, o fenômeno do movimento retrógrado chega ao fim, marcando um ciclo natural que todos os planetas do Sistema Solar experimentam regularmente. Esta jornada de Urano revela mais uma vez a complexidade e beleza do universo em que vivemos.

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