O Ministério do Comércio da China anunciou neste início de ano uma série de novas políticas com o objetivo de atualizar as bicicletas elétricas do país. A principal orientação é pela troca das baterias desses veículos. Saem as de íons de lítio e entram as de chumbo-ácido (SLAs).
Segundo informações do site local China Daily, as pessoas que entregarem suas e-bikes antigas e comprarem novas terão direito a subsídios. A ideia é que os modelos descartados passem por um processo de reciclagem.
O governo da China alega que as bicicletas obsoletas representam um risco de segurança aos cidadãos. A pasta admite que os incêndios envolvendo baterias de íons de lítio são raros. No entanto, as autoridades argumentam que, quando acontecem, esses incêndios são bastante perigosos.
Especialistas estimam que existem cerca de 350 milhões dessas e-bikes circulando pelas ruas chinesas atualmente. Por ser um meio de transporte mais barato, a bicicleta elétrica se tornou atraente para grande parte da sociedade, principalmente em áreas urbanas. A maioria dessas e-bikes na China se assemelha mais a scooters e atingem velocidades de até 25 km/h.
As autoridades chinesas sustentam que as baterias seladas de chumbo-ácido são mais seguras, pois apresentam menor risco de vazamento e explosão. Além disso, essas baterias podem ser recicladas mais facilmente. Apesar disso, as baterias de chumbo-ácido apresentam uma durabilidade menor em comparação com as de íons de lítio.
Para contornar essas questões, alguns defensores na China propõem a utilização de baterias de íons de sódio como uma terceira via. Essas baterias combinariam a segurança das baterias de chumbo-ácido com melhor densidade de energia e vida útil. Grandes empresas, como a Yadea, apostam nesse caminho, apesar de ser a opção mais cara entre as três.
A China é o maior mercado do mundo de carros elétricos, mas também se destaca no domínio das e-bikes. Investimentos em tecnologia têm sido realizados nos últimos anos para aprimorar as opções de baterias e garantir maior segurança para os usuários.
Diante desse cenário, a discussão em torno das baterias das bicicletas elétricas na China reflete a preocupação das autoridades em garantir a segurança dos cidadãos, bem como impulsionar a área de transporte sustentável. Fica evidente a busca por alternativas mais seguras, eficientes e sustentáveis para o futuro da mobilidade urbana no país.
A proposta de trocar as baterias das e-bikes por modelos mais seguros e sustentáveis é um passo importante para lidar com os desafios atuais e promover uma evolução positiva nesse setor. O desenvolvimento de tecnologias e soluções inovadoras continuará sendo essencial para atender às demandas da população e do meio ambiente, consolidando a China como referência em mobilidade urbana sustentável.