Na nova pesquisa divulgada, cientistas revelaram uma descoberta incrível: estrelas "bebês" e buracos negros supermassivos compartilham campos magnéticos helicoidais em comum. Essa similaridade pode fornecer novas perspectivas sobre o funcionamento do universo.
As protoestrelas, que ainda não atingiram massa suficiente para iniciar a fusão nuclear em seus núcleos, estão em constante crescimento. Por outro lado, os buracos negros supermassivos possuem uma massa equivalente a milhões, ou até bilhões, de sóis, ocupando um espaço incrivelmente pequeno em comparação com o sistema solar.
Embora diferentes em tamanho e magnitude, ambos os astros lançam jatos astrofísicos de seus polos enquanto acumulam massa. Esta descoberta levanta a hipótese de que o mecanismo por trás desse fenômeno pode ser o mesmo para ambos, introduzindo questões profundas sobre a física do universo.
A principal equipe responsável pela pesquisa identificou um campo magnético em forma de hélice dentro da protoestrela HH 80-81. Localizada a 5.540 anos-luz de distância da Terra, esta estrela em crescimento é considerada o jato protoestelar mais veloz já observado, confirmando a presença desses campos magnéticos helicoidais em estrelas em formação.
Os desafios de estudar esses jatos protoestelares residem na emissão de luz intensa, criando traços termais dificultando a detecção dos campos magnéticos. O Telescópio James Webb tem sido fundamental para captar imagens detalhadas desses jatos, abrindo portas para um maior entendimento desses fenômenos astrofísicos.
As atualizações do Very Large Array (VLA), um radiotelescópio localizado no Novo México, possibilitaram uma análise profunda da Medida de Rotação (RM) de HH 80-81. Esta investigação revelou a verdadeira orientação do campo magnético do jato protoestelar, demonstrando a presença inequívoca dos campos magnéticos helicoidais.
Pela primeira vez, os cientistas conseguiram estudar a configuração tridimensional destes campos magnéticos em um jato protoestelar, confirmando a presença do formato de hélice em HH 80-81. Essa descoberta sugere que os campos magnéticos distorcidos são um mecanismo universal para jatos astrofísicos, conectando estrelas em formação aos massivos buracos negros do cosmos.
Em suma, a descoberta desses campos magnéticos helicoidais em estrelas "bebês" e buracos negros supermassivos abre novos horizontes no estudo da astrofísica. A conexão entre esses fenômenos celestes distantes, mas similares, revela a complexidade e interconexão do universo que habitamos.