Nesta segunda-feira (17), a Lua atinge o apogeu, que é o ponto mais distante da Terra em sua órbita atual ao redor do planeta. Quando isso acontece nas fases nova ou cheia (que é a atual), o fenômeno é chamado de ‘microlua’.
De acordo com o guia de observação astronômica InTheSky.org, o apogeu lunar será às 22h10 (pelo horário de Brasília).
A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho conhecido por elipse. À medida que a Lua atravessa esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, sua distância varia 14%, entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu.
Leia Também
O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, e seu brilho também se altera, embora isso seja difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo. Desta vez, por exemplo, ela está a três dias da fase minguante – a última do ciclo atual, começando um novo ciclo (ou seja, a fase “nova”) no dia 27.
O tempo do circuito perigeu-apogeu-perigeu da Lua é de 27,55 dias. Isso é um pouco mais do que seu período orbital, que é de 27,322 dias. “Esse período é chamado de mês sideral, e é diferente do mês sinódico, que é o período de 29,5 dias entre duas novas, porque como a Terra também está girando em torno do Sol, a Lua precisa de um pouco mais de uma volta para apresentar o mesmo alinhamento com o Sol, e consequentemente, a mesma fase”, explica Zurita.
Sobre as fases da Lua
A lua nova marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Em um vasto universo cheio de mistérios, a Lua se destaca como um dos corpos celestes mais próximos da Terra, exercendo grande influência sobre os seres vivos e as marés. Observar seus diversos estágios ao longo do mês nos lembra da constante transformação que rege a natureza e nos conecta a algo muito maior do que nós mesmos. A Lua no apogeu é apenas mais uma oportunidade de contemplarmos a grandiosidade do cosmos e nos maravilharmos com a perfeição do universo. É um lembrete humilde de que, mesmo com todos os avanços da ciência e da tecnologia, ainda há muito a ser descoberto e explorado além das fronteiras terrestres.
O fenômeno da microlua, com sua distância extrema da Terra, nos convida a refletir sobre nossa posição no espaço e a nossa insignificância diante da vastidão do universo. Que possamos, ao contemplar esse espetáculo celeste, encontrar inspiração para seguir em busca do conhecimento e da compreensão das forças que regem o funcionamento do cosmos. A Lua no apogeu é mais do que um evento astronômico – é uma oportunidade de nos conectarmos com o divino e de expandirmos nossos horizontes para além dos limites do planeta azul que chamamos de lar.