Rascunho automático

Smartwatch salva vidas: IA do Google detecta parada cardíaca com precisão

Por Redação
3 Min

Um estudo recente realizado pelo Google Research revelou avanços promissores na área da saúde digital. Utilizando um algoritmo de aprendizado de máquina em um smartwatch, os pesquisadores conseguiram detectar com alta eficácia a perda repentina de pulso, um sintoma comumente associado a paradas cardíacas. Publicado na conceituada revista Nature, o estudo apontou que o algoritmo alcançou uma especificidade impressionante de 99,99% e uma sensibilidade moderada de 67,23%.

O principal destaque desse avanço tecnológico é a capacidade do sistema de acionar automaticamente serviços de emergência ao identificar um evento de perda de pulso, mesmo na ausência de resposta do usuário. Essa funcionalidade é especialmente crucial em casos de paradas cardíacas fora do ambiente hospitalar (OHCA), onde a intervenção imediata desempenha um papel essencial na sobrevivência do paciente.

A OHCA é uma das principais causas de morte súbita em todo o mundo, e a rapidez com que a assistência médica é solicitada pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Muitos casos de parada cardíaca não são presenciados por testemunhas, o que dificulta a prestação de ajuda rápida. Nesse contexto, a tecnologia demonstrou seu potencial para salvar vidas ao agilizar o acionamento de serviços de emergência.

Para desenvolver e aprimorar o algoritmo, os pesquisadores utilizaram dados de fotopletismografia (PPG) e movimento, treinando o sistema em cenários clínicos e situações do dia a dia. O estudo envolveu 100 pacientes submetidos a desfibrilação para coleta de dados e contou com a validação do algoritmo em 948 usuários em contextos reais.

Um dos resultados mais significativos foi a detecção da ausência de pulso em apenas 57 segundos pelo smartwatch, o que possibilita uma rápida intervenção em caso de emergência. Apesar da alta precisão do sistema, houve uma taxa de falsos positivos estimada em uma chamada acidental a cada 21,67 anos-usuário. Isso significa que, em média, um usuário teria que utilizar o sistema por mais de duas décadas para que ocorresse uma chamada de emergência não intencional.

Embora os resultados sejam promissores, é fundamental continuar aperfeiçoando o algoritmo para reduzir ainda mais os falsos positivos e aumentar sua precisão em situações reais. O estudo do Google Research evidenciou o potencial da tecnologia vestível para melhorar a resposta a eventos críticos de saúde, destacando a importância da inovação na área da saúde digital.

Em suma, a integração de algoritmos avançados em dispositivos vestíveis como smartwatches abre novas possibilidades para atender às necessidades emergentes de monitoramento de saúde. O futuro promete uma maior eficácia na detecção e resposta a situações de risco, contribuindo significativamente para a preservação de vidas em todo o mundo.

Curtiu? Siga o Candeias Mix nas redes sociais: Twitter, Facebook, Instagram, e Google Notícias. Fique bem informado, faça parte do nosso grupo no WhatsApp e Telegram.
Compartilhe Isso