São Paulo confirma nova cepa do mpox mais agressiva

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Ministério da Saúde Investiga Primeiro Caso de Mpox Causado pela Cepa 1b no Brasil

O Ministério da Saúde do Brasil iniciou uma investigação sobre o primeiro caso de mpox provocado pela cepa 1b do vírus. A paciente é uma mulher de 29 anos, residente na cidade de São Paulo. Ela teve contato recente com um familiar que chegou da República Democrática do Congo, onde a transmissão do vírus é considerada endêmica. A mulher atualmente está internada em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e apresenta lesões que já sofreram cicatrização. A previsão é de que sua alta médica ocorra ainda nesta semana.

O caso dessa paciente está sob monitoramento de uma equipe composta por quatro especialistas. Entre eles, há um infectologista, um epidemiologista de campo e técnicos dedicados à vigilância epidemiológica e imunização. A atenção cuidadosa enfatiza a gravidade do novo paradigma que a cepa 1b representa para a saúde pública no Brasil.

A cepa 1b do vírus foi identificada pela primeira vez na África Central e é tida como mais agressiva, apresentando uma letalidade impressionante de 10%. Em contrapartida, a variante da África Ocidental, que tem se espalhado globalmente, apresenta uma taxa de mortalidade de menos de 4%, sendo que a manifestação da doença ocorre, frequentemente, em pacientes que vivem com o HIV.

Desde julho de 2022, foram reportados casos da cepa 1b em países como Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, e até em lugares distantes como Estados Unidos, França e Emirados Árabes Unidos. Isso demonstra que a doença não respeita fronteiras, exigindo um esforço conjunto para seu controle.

A mpox, também conhecida como monkeypox, é uma doença zoonótica provocada pelo vírus Homônimo, pertencente ao gênero Orthopoxvirus. Atualmente, os especialistas dividem o vírus em duas classes principais: clado I e clado II. Esses clados são subdivididos em 1a, 1b, 2a e 2b, como aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para entender as diferenças entre essas cepas, aprofundamo-nos nas características específicas de cada uma. O clado I, por exemplo, tende a resultar em infecções mais severas com um potencial letal decorrente da disseminação das lesões por todo o corpo, incluindo áreas vulneráveis como o rosto. A transmissão geralmente ocorre através da inserção em contato com animais ou вовсе por meio do contato direto com indivíduos infectados.

Em contrapartida, o clado II é associado a infecções mais leves, onde as erupções cutâneas se concentram na região genital e na boca. O contato íntimo, particularmente entre pessoas do mesmo sexo, é o canal mais comum de transmissão.

Os sintomas da doença incluem febre, erupções cutâneas, lesões na pele, dores de cabeça, ínguas percentuais e exaustão. Embora não haja tratamento específico, muitos pacientes se recuperam dentro de um mês, especialmente com cuidados adequados, como hidratação e repouso recomendados.

Para ajudar a conter a disseminação do vírus, o Ministério da Saúde ressalta que a melhor forma de prevenção é evitar o contato com pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença. Embora a vacinação possa ser uma estratégia poderosa para prevenir novas infecções, atualmente o Brasil enfrenta escassez de doses necessárias para implementar uma campanha de vacinação em larga escala, de acordo com informações fornecidas pelo governo brasileiro.

Nos últimos anos, o Brasil tem feito frente à ameaçadora situação do mpox. Somente em 2024, o país registrou 2.052 casos da doença. Em 2025, até o início de fevereiro, foram contabilizados 115 casos de diversas cepas em circulação. Felizmente, não houve nenhum óbito nos últimos dois anos, e a maioria dos relatos apresenta apenas sintomas leves ou moderados.

A recente investigação em São Paulo e a avaliação de casos em todo o Brasil confirmam a necessidade urgente de ação e vigilância sanitária. O cenário da mvpox é dinâmico, demandando um acompanhamento detalhado para garantir a segurança de toda a população.

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