Anvisa suspende comercialização de creme dental Colgate por reações

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A suspensão da distribuição do creme dental Colgate Clean Mint pela Anvisa

Na última quinta-feira, 27 de outubro de 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cumpriu um papel importante como guardiã da saúde pública e anunciou uma suspensão cautelar relacionada ao creme dental Colgate Clean Mint. Essa decisão foi oficialmente comunicada por meio do Diário Oficial da União e tem origem em relatos de consumidores que relataram efeitos colaterais graves após a utilização do produto.

De acordo com as notificações recebidas pela Anvisa, um total de oito ocorrências foi registrado, retratando treze episódios de reações adversas ligadas ao uso do crema dental. Tais reações incluem quadros de inchaço nos tecidos amigdalianos e labiais, bem como sofrimento na mucosa bucal. Além disso, os consumidores também relataram sensações de queimação e anestesia labial, problemas como a secura da mucosa, inflamação gengival e áreas com rubor. A gravidade desses relatos justifica e ampara a decisão da Anvisa.

O produto Clean Mint reestruturou um dos cremes dentais mais populares da fabricante, localizado na linha de produtos Colgate Total 12. Desde julho de 2024, a empresa inseriu mudanças significativas na composição e na rotulagem do creme, substituindo o tradicional fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho. Tal alteração objetiva não apenas a eficácia na higiene bucal, mas também a promoção de um sorriso saudável.

O Procon-SP foi rápido em agir diante da situação, iluminando uma rede de amparo ao consumidor. Este órgão de proteção e defesa do consumidor formou denúncias à Colgate para exigir esclarecimentos sobre o caso. Foi estipulado um prazo de 24 horas para que a empresa respondesse às solicitações sobre as ações que geram previsão a partir das queixas alegadas. Entre as informações solicitadas, destaca-se a necessidade de prover orientações claras sobre a identificação dos lotes envolvidos e a segurança dos consumidores que já haviam utilizado o produto.

Além disso, o Procon-SP fez exigências adicionais para que a Colgate apresentasse um plano abrangente de ||ação que vise mitigar os impactos negativos causados aos consumidores, bem como relatórios detalhados das campanhas publicitárias vigentes realizadas e as características do produto. Uma unidade vazia da embalagem do “Colgate Clean Mint” foi requisitada para uma análise minuciosa pelos especialistas do Procon-SP.

Esse desdobramento trouxe à tona a necessidade de manter o consumidor bem informado e, principalmente, protegido contra eventuais riscos à saúde. A decisão da Anvisa de interromper o comércio do produto claramente reflete sua preocupação com a segurança da população e respalda a responsabilidade social da empresa na elaboração e comercialização de seus produtos.

O posicionamento da Colgate e suas considerações sobre o caso

A Colgate se manifestou a respeito das recentes ocorrências, sublinhando que a nova fórmula do Clean Mint resulta de mais de uma década de pesquisas e desenvolvimento. Além disso, a empresa ressaltou a importância dos testes realizados com uma ampla base de consumidores, que incluiu áclientes brasileiros. Os produtos da Colgate, segundo a empresa, não apenas atendem, como também são aprovados por órgãos regulatórios em diversas partes do mundo, postiçinais a indicar a classificação do creme como seguro, sob contínuas avaliações.

Contudo, a Colgate reconheceu que uma fração das pessoas pode apresentar alta sensibilidade a certos componentes do produto, como o fluoreto de estanho, corantes ou flavorizantes. Para essas situações, a empresa previamente recomenda aos consumidores que interrompam imediatamente o uso do produto, priorizando a saúde e o bem-estar dos mesmos.

Desta maneira, a situação envolvendo o creme dental Colgate Clean Mint revela a complexidade que envolve a regulamentação de produtos de consumo e a responsabilidade das empresas, além de gerar discussões sobre segurança do consumidor. Fica claro que, enquanto testes extensivos nuclem medidas preventivas, o diálogo efetivo entre as agências reguladoras e os fabricantes é vital para evitar situações que possam ameaçar o bem-estar da população e garantir a confiança nos produtos disponíveis em mercado.

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