A ciência deu mais um passo no tratamento contra o câncer. Um estudo desenvolvido na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, propõe que através de um exame de sangue um relatório preciso será capaz de identificar alterações nos níveis de componentes como leucócitos ou hemácias, que podem explicar desde infecções até probmeas hormonais. Eles podem servir para o diagnóstico de câncer porque há proteínas presentes no sangue que, quando em níveis altos, costumam estar associadas a tumores malignos.
A pesquisa, publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), comparou amostras sanguíneas de 30 pacientes com câncer de mama. Dentre as mais de 2400 fosfoproteínas comumente encontradas no sangue, 144 se mostraram especialmente elevadas em quem tinha a doença. A fosforilação, nome dado ao processo de associação entre uma proteína e grupo fosfato, modifica a genética das células, possibilitando a formação de tumores.
Para chegar a isso, os estudiosos separaram diferentes componentes sanguíneos em laboratório. Foram utilizadas centrífugas superpotentes para isolar as hemácias e os exossomos, microvesículas presentes no sangue.