A estação espacial chinesa Tiangong-1 fez a reentrada na atmosfera na região central do Pacífico Sul, por volta da 0h15 desta segunda-feira, (21h15 de domingo em Brasília), de acordo com o anúncio do Escritório de Voos Espaciais Tripulados (CMSEO, na sigla em inglês).
A maior parte da nave se desintegrou na reentrada, devido ao elevado calor gerado pela atrito com a atmosfera durante a queda, acrescentou o órgão, citado pela agência oficial de notícias Xinhua.
As informações sobre a área e o tempo da reentrada variaram muito nas últimas horas, pois a estação espacial estava fora de controle e todas as estimativas eram aproximadas. O acompanhamento das agências espaciais de todo o mundo foi feito por radar.
O CMSEO já tinha adiantado de que eram mínimas as possibilidades de que algum fragmento não desintegrado caísse em área habitada e causasse danos ou vítimas. O Tiangong-1 (palácio celestial), que tinha dez metros de comprimento e pesava 8,5 toneladas, foi colocado em órbita em setembro de 2011.
Após ser visitado por seis astronautas em duas missões espaciais chinesas, em 2012 e 2013, realizou tarefas de pesquisa até ficar fora de serviço em 2016.
A estação espacial soviética-russa Mir, que caiu e se desintegrou em 2001, pesava 140 toneladas, enquanto a estação americana Skylab (que caiu em 1979) pesava cerca de 80 toneladas. A Estação Espacial Internacional pesa cerca de 420 toneladas.
A China lançou em setembro de 2016 a nova estação espacial, o Tiangong-2, que fez entre outubro e novembro, a primeira missão tripulada com dois astronautas. O gigante asiático deve começar no próximo ano a construção de uma estação espacial composta por vários módulos, cuja conclusão está prevista para 2022.