Eunice Newton Foote foi uma cientista norte-americana nascida em 1819 e é reconhecida como uma das pioneiras no estudo do efeito estufa e das mudanças climáticas. Apesar de seu trabalho ter sido realizado no século XIX, suas contribuições foram fundamentais para a compreensão dos impactos do aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
Foote, nascida como Eunice Newton, casou-se com o cientista e inventor Elisha Foote em 1841. Ela era uma mulher extremamente curiosa e interessada em ciência, e logo começou a realizar experimentos próprios. Em 1856, durante a reunião da Associação Americana para o Avanço da Ciência, ela apresentou uma pesquisa inovadora intitulada “Causas das variações da temperatura no ar”.
Nessa pesquisa, Foote conduziu uma série de experimentos nos quais analisou o efeito da luz solar em diferentes gases, como o dióxido de carbono e o ar atmosférico. Ela observou que o dióxido de carbono tinha a capacidade de reter calor, levando a um aumento na temperatura. Esse resultado foi uma descoberta pioneira, pois Foote foi a primeira a estabelecer uma relação entre a concentração de gases na atmosfera e o aumento da temperatura global.
Apesar de sua importante descoberta, o trabalho de Eunice Newton Foote foi amplamente ignorado na época. A falta de reconhecimento pode ser atribuída à discriminação de gênero que permeava a sociedade do século XIX, limitando as oportunidades para as mulheres cientistas. No entanto, seus experimentos e conclusões foram incorporados ao conhecimento científico posteriormente.
Hoje, reconhecemos o papel pioneiro de Eunice Newton Foote na pesquisa sobre o efeito estufa e seu impacto no clima global. Seu trabalho foi fundamental para abrir caminho para estudos futuros sobre as mudanças climáticas e ressalta a importância de incluir a contribuição das mulheres na ciência.
Embora seu nome tenha sido pouco conhecido por muitos anos, Eunice Newton Foote merece ser celebrada como uma cientista visionária e uma voz precursora no estudo das alterações climáticas. Sua coragem e dedicação à ciência abriram portas para a compreensão de um dos desafios mais urgentes que enfrentamos atualmente: as mudanças climáticas.