A Rússia lançou, nesta sexta-feira (11), sua primeira espaçonave à lua após 47 anos, em uma tentativa de ser a primeira nação a fazer um pouso suave no polo sul lunar, uma região que se acredita conter cobiçados bolsões de gelo.
A missão lunar russa, a primeira desde 1976, está competindo com a Índia, que lançou seu módulo lunar Chandrayaan-3 no mês passado, e mais amplamente com os Estados Unidos e a China, ambos com programas avançados de exploração lunar visando também o polo sul lunar.
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Um foguete Soyuz 2.1, transportando a sonda Luna-25, decolou do cosmódromo de Vostochny, 5.550 quilômetros a leste de Moscou, às 2h11 locais de hoje.
A sonda deve pousar no satélite natural em 21 de agosto, disse o chefe espacial da Rússia, Yuri Borisov, à televisão estatal, embora a agência espacial tenha anteriormente marcado 23 de agosto como a data de pouso.
“Agora vamos esperar pelo dia 21. Espero que ocorra um pouso suave altamente preciso na Lua”, disse Borisov aos trabalhadores no cosmódromo de Vostochny, após o lançamento. “Esperamos ser os primeiros.”
O Luna-25, aproximadamente do tamanho de um carro pequeno, pretende operar por um ano no polo sul da Lua, onde cientistas da Nasa e outras agências espaciais detectaram nos últimos anos vestígios de gelo nas crateras sombreadas da região.
Água lunar
Durante séculos, os astrônomos se perguntaram se existe água na Lua, que é 100 vezes mais seca que o Saara. Mapas da Nasa em 2018 mostraram gelo em partes sombreadas da Lua e, em 2020, a agência espacial norte-americana confirmou que também existia água em áreas iluminadas pelo Sol.
Grandes potências como Estados Unidos, China, Índia, Japão e União Europeia têm avaliado o satélite natural da Terra nos últimos anos. Um pouso lunar japonês falhou no ano passado e uma missão israelense falhou em 2019.
Borisov disse que pelo menos mais três missões lunares foram planejadas nos próximos sete anos, e que depois disso a Rússia e a China trabalharão em uma possível missão lunar tripulada.