Pesquisa revela impacto dos ecos na quase morte

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Estudo Revela: Experiências de Quase Morte Podem Ter Impacto Profundo na Vida dos Sobreviventes

Um estudo conduzido pela pós-doutoranda da Universidade de São Paulo (USP), Beatriz Ferrara Carunchio, revelou que as experiências de quase morte podem alterar significativamente a percepção da realidade dos sobreviventes. Essas experiências, que ocorrem em momentos de proximidade com a morte ou em situações de extremo risco físico ou emocional, podem afetar as certezas existenciais e modificar o curso da vida das pessoas.

Beatriz analisou relatos coletados durante sua pesquisa de doutorado na PUC-SP e concluiu que a natureza da situação de risco à vida influencia o tipo de experiência de quase morte vivenciada pelos pacientes. Ela destaca a importância de compreender como essas experiências afetam a recuperação e reintegração dos indivíduos à vida cotidiana.

Um conjunto de emoções complexas pode surgir durante as experiências de quase morte, incluindo sensações de paz, serenidade, angústia e medo. O estudo publicado na Revista Rever, da PUC, revela que a maioria das pessoas relata experiências positivas, mas há também um subset significativo de relatos perturbadores.

As experiências fora do corpo, atravessar um túnel, consciência de estar morto, revisão da história de vida e encontros com entes queridos falecidos são algumas das características comuns relatadas pelos participantes da pesquisa. Esses elementos podem variar entre experiências agradáveis e perturbadoras.

Pacientes expostos a diferentes condições de risco, como substâncias, paradas cardiorrespiratórias ou situações de risco súbito, tendem a relatar diferentes tipos de experiências de quase morte. A diversidade dessas experiências destaca a necessidade de abordagens terapêuticas sensíveis e informadas para ajudar os sobreviventes a lidar com as consequências psicológicas desses eventos.

A pesquisa de Beatriz Carunchio envolveu 350 pessoas no Brasil, revelando que aproximadamente 14% dos pacientes em geral e 51% daqueles em risco de morte tiveram experiências de quase morte. Esses números mostram a relevância do estudo e a importância de compreender e abordar adequadamente as consequências dessas experiências.

A complexidade das experiências de quase morte destaca a necessidade de considerá-las no contexto do tratamento e recuperação dos pacientes. As descobertas de Beatriz Carunchio reforçam a importância de desenvolver abordagens terapêuticas sensíveis e informadas para ajudar os sobreviventes a lidar com as experiências profundas e transformadoras que vivenciaram.

Neste contexto, a pesquisa de Beatriz Carunchio lança luz sobre um tema delicado e complexo, mostrando a importância de compreender e abordar as experiências de quase morte de forma sensível e informada. É fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para auxiliar os sobreviventes a lidar com os impactos psicológicos desses eventos e a reintegrar-se à vida cotidiana de forma saudável e equilibrada.

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