Foto incrível do James Webb mostra formação de estrelas quentes.

Por Redação
3 Min

O Telescópio Espacial James Webb revelou imagens impressionantes da nebulosa NGC 604, uma região de formação estelar na galáxia M33. Localizada a cerca de 2,73 milhões de anos-luz de distância, essa nebulosa apresenta uma complexidade intrigante em seus processos de criação de estrelas.

Com aproximadamente 3,5 milhões de anos de idade e um diâmetro de 1300 anos-luz, a NGC 604 foi investigada pelo James Webb através de dois de seus sensores: o NIRCam (Câmera de Infravermelho Próximo) e o MIRI (Instrumento de Infravermelho Médio).

As observações realizadas revelaram bolhas cavernosas e filamentos de gás onde mais de 200 tipos de estrelas quentes e massivas estão surgindo. Entre essas estrelas em formação, destacam-se as do tipo B e O, sendo estas últimas 100 vezes mais massivas que o Sol. A presença de tantas estrelas massivas tão próximas da Terra oferece aos pesquisadores uma oportunidade única de observar de perto esse fenômeno de formação estelar.

As características mais marcantes da imagem feita pelo NIRCam incluem as emissões vermelhas brilhantes provenientes de grandes bolhas livres de poeira, esculpidas pelos ventos solares na nebulosa. O brilho azulado e branco é oriundo do gás hidrogênio ionizado pela radiação ultravioleta, enquanto as listras laranjas representam a presença de moléculas à base de carbono conhecidas como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), com origem misteriosa. O vermelho profundo, por sua vez, é resultado do hidrogênio molecular crucial para a formação das novas estrelas.

Por sua vez, as imagens captadas pelo MIRI, sensor que opera no infravermelho médio, oferecem uma nova perspectiva da nebulosa NGC 604. Nessa visualização, é possível observar menos estrelas, uma vez que as mais quentes não brilham intensamente nesse comprimento de onda. No entanto, as nuvens de gás e poeira frios se destacam, emitindo um brilho intenso. O brilho azulado revela a presença das moléculas à base de carbono, os PAHs.

A análise aprofundada dessas imagens proporcionadas pelo Telescópio Espacial James Webb contribui significativamente para o entendimento dos processos de formação estelar nas nebulosas como a NGC 604. A capacidade desse instrumento de investigação espacial em captar detalhes complexos e sutis desses fenômenos cósmicos representa um avanço notável na astronomia moderna.

Os estudos e descobertas realizados a partir das observações da NGC 604 revelam a grandiosidade e a diversidade do universo, enriquecendo o conhecimento científico sobre a formação e evolução das estrelas. O legado do Telescópio Espacial James Webb no campo da astronomia promete abrir novos horizontes e desvendar ainda mais segredos do cosmos, ampliando nossa percepção e compreensão do vasto e fascinante universo em que estamos inseridos.

TAGGED:
Compartilhe Isso