Em abril, um dos eventos astronômicos mais espetaculares está previsto para ocorrer: um eclipse solar total. Segundo a NASA, o fenômeno poderá ser visto ao longo de uma faixa que atravessa três estados do México, 15 dos EUA e quatro do Canadá.
Um eclipse solar acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, projetando uma sombra sobre uma determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar. Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total. Além disso, há um quarto padrão, mais raro, chamado de híbrido, que combina características dos três tipos principais.
No dia 8 de abril, está previsto um eclipse solar total que será visível na América do Norte. O caminho da totalidade desse eclipse terá 185 km de extensão e se estenderá por 13 mil km de comprimento, começando e terminando em áreas oceânicas. Conforme as faixas se distanciam, a porcentagem de visualização parcial do eclipse diminui.
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Eclipses solares eram mais longos nos tempos dos dinossauros. Em eras passadas, os eclipses poderiam durar consideravelmente mais do que os atuais, devido à proximidade da Lua com a Terra nessa época. Nos tempos dos dinossauros, os eclipses eram mais frequentes e impressionantes devido ao tamanho aparente maior da Lua.
Infelizmente, não há registros precisos desses eventos antigos, pois a precisão dos modelos astronômicos diminui à medida que nos afastamos no tempo. No entanto, o eclipse solar total mais preciso já medido ocorreu em 20 de junho de 1955, com duração de 7 minutos e 8 segundos. Esse eclipse foi visível do Sri Lanka e partes do Sudeste Asiático.
Esse recorde deve ser quebrado dentro de 126 anos. Em 2150, está previsto um eclipse com duração de 7 minutos e 14 segundos, tornando-se o mais longo até então, superando o registro anterior por seis segundos. Nos anos seguintes, estão previstos eclipses com durações cada vez maiores, chegando a 7 minutos e 29 segundos em 2186.
Apesar da falta de registros precisos, é provável que a humanidade já tenha testemunhado eclipses mais longos do que o documentado em 1955. O eclipse mais antigo registrado data de 2137 a.C., de acordo com o texto chinês Shujing. Além disso, há indícios de petroglifos irlandeses que podem fazer referência a um eclipse ocorrido em 3340 a.C.
Segundo a NASA, mais de 20 eclipses tiveram duração maior que o evento de 1955, porém muitos deles não possuem registros detalhados. Por exemplo, o eclipse de 1062 durou cerca de 7 minutos e 20 segundos, sendo um dos mais longos do período. A duração de um eclipse solar depende das órbitas da Terra e da Lua, que não são perfeitamente circulares.
Considerando todos esses fatores, a duração máxima possível de um eclipse nas condições atuais foi calculada em 7 minutos e 31 segundos pela falecida astrônoma Isabel Martin Lewis. No entanto, devido à necessidade de um alinhamento preciso entre os corpos celestes, eclipses tão prolongados são raros de ocorrer.