Material ativado por luz mostra eficácia no tratamento de resíduos têxteis.

Por Redação
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Processos fotoeletroquímicos têm sido apontados como alternativas sustentáveis para a remediação de águas contaminadas por efluentes domésticos ou industriais. Grosso modo, a estratégia consiste em usar a energia solar para degradar poluentes orgânicos.

Em estudo publicado na revista Chemosphere, pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) descreveram a síntese de diferentes materiais semicondutores que podem ser usados como fotoanodos (polo que atrai a corrente elétrica) em sistemas fotoeletroquímicos. O artigo também descreve a utilização de um desses materiais na remoção de substâncias tóxicas, como corantes, de efluentes reais da indústria têxtil.

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). E o CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell, com sede em diversas instituições.

Na pesquisa, financiada pela FAPESP por meio de dois projetos, foram sintetizados semicondutores à base de nitretos de carbono (C3N4) e vanadato de bismuto (BiVO4).

O vanadato de bismuto, associado ao uso de energia solar, mostrou grande eficiência na remoção de substâncias tóxicas com baixo consumo de energia elétrica. Os resultados sugerem que o material, de baixo custo e fácil produção, poderá ter aplicações na indústria, especialmente no tratamento de efluentes da indústria têxtil. A produção do material pode ser combinada com a geração de hidrogênio que, por sua vez, pode ser usado na geração de energia elétrica.

O artigo Efficient photoelectrochemical real textile wastewater detoxification using photoanodes C3N4—BiVO4 pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S004565352400208X.

* Com informações do CDMF.

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