O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou nesta quinta-feira (2) que manterá os juros elevados no bloco econômico pelo tempo necessário e que o atual nível das taxas tem sido fundamental para apoiar o processo de desinflação em andamento.
Durante um evento na Universidade de Stanford, Lane alertou que, embora tenham sido observados avanços mais rápidos do que o esperado na desinflação nos meses anteriores, a fase atual deve apresentar uma desaceleração dos preços de forma mais gradual.
Apesar disso, Lane pondera que, à medida que a confiança dos dirigentes na desinflação aumenta, “torna-se apropriado reduzir o atual nível de restrição”, uma vez que os efeitos restritivos dos aumentos de juros anteriores ainda estão em vigor e já é possível afrouxar as condições.
Durante o evento, Lane também destacou a importância de manter a estabilidade econômica na região e de adotar medidas cautelosas para garantir o controle da inflação. Ele ressaltou que o BCE continuará monitorando de perto os indicadores econômicos e ajustando as políticas conforme necessário para sustentar o crescimento sustentável.
A declaração de Lane surge em meio a um cenário de incertezas econômicas globais, com a pandemia ainda impactando diversos setores e países. O BCE tem desempenhado um papel crucial na implementação de medidas de estímulo e na manutenção da estabilidade financeira na região.
Os comentários do economista-chefe foram bem recebidos pelos investidores, que buscam orientações claras sobre a política monetária no bloco europeu. A expectativa é que o BCE continue adotando uma abordagem cautelosa e gradual em relação aos juros, com o objetivo de equilibrar o crescimento econômico e a estabilidade de preços.