Copom decidirá nesta quarta sobre corte ou manutenção dos juros econômicos

Por Redação
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está reunido nesta quarta-feira (19) para decidir se irá cortar ou manter a taxa básica de juros, a Selic, diante da possibilidade de divisão entre os membros. A recente alta do dólar e da inflação, bem como os juros elevados nos Estados Unidos, trouxeram incertezas sobre o encerramento do ciclo de cortes que teve início em agosto do ano passado, levando o colegiado a considerar uma possível última redução de 0,25 ponto percentual.

Nos comunicados da última reunião, em maio, o Copom omitiu as próximas ações a serem tomadas. De acordo com o boletim Focus mais recente, que é uma pesquisa semanal com analistas de mercado, a expectativa é de que a taxa básica permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024. Há um mês, a previsão era de encerramento do ano com a Selic em 10%.

Ao final do dia, o Copom anunciará a decisão. Nas últimas sete reuniões, a autoridade monetária realizou cortes na Taxa Selic, com seis reduções de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto na última reunião em maio.

Na ata da última reunião, o Copom destacou o aumento nas expectativas de inflação. O documento ressaltou que a divergência entre os diretores do Banco Central não teve motivações políticas, mas sim em relação ao compromisso com as indicações das reuniões anteriores. Até março, o BC indicava um corte de 0,5 ponto percentual na Selic em maio.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, considerado a inflação oficial, subiu para 0,46%, influenciado principalmente pelos alimentos devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 3,93% em 12 meses, dentro da meta estabelecida para 2024.

A taxa básica de juros é fundamental para controlar a inflação, sendo utilizada nas negociações de títulos públicos no Selic e servindo de referência para as demais taxas da economia. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto para manter a taxa de juros próxima do valor definido nas reuniões.

A redução da Selic pode estimular a produção e o consumo ao tornar o crédito mais barato, contribuindo para o controle da inflação e o estímulo da atividade econômica. O Copom se reúne a cada 45 dias para analisar as perspectivas econômicas e decidir sobre a taxa básica de juros.

Para 2024, a meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O último Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central em março manteve a previsão de que o IPCA encerre 2024 em 3,5%, com um novo relatório previsto para junho.

Com informações da Agencia Brasil

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