O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C) indicando que no segundo trimestre deste ano houve uma redução de 17,3% no percentual de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais em relação ao mesmo período do ano passado. O país contava com 1,7 milhão de pessoas nessa situação, representando o menor contingente para um segundo trimestre desde 2015, quando o número era de 1,4 milhão.
Apesar do recuo, o grupo ainda representa 22,4% do total de pessoas em busca de emprego. A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que a geração de empregos no Brasil, principalmente no setor de serviços, tem absorvido trabalhadores de diferentes perfis, o que pode contribuir para a redução da quantidade de pessoas procurando trabalho por longos períodos.
Além disso, houve queda no número de pessoas em busca de emprego por mais de um ano e menos de dois anos (-15,2%), entre um mês e um ano (-11%) e há menos de um mês (-10,2%). A maioria dos desempregados está no grupo de pessoas que buscam emprego há mais de um mês e menos de um ano, representando 47,8% do total.
Leia Também
Em relação ao sexo, as mulheres apresentaram uma taxa de desemprego de 8,6% no segundo trimestre deste ano, a menor desde o quarto trimestre de 2014. O nível de ocupação feminino atingiu um recorde de 48,1%, enquanto a taxa de desemprego dos homens foi de 5,6%. Apesar das melhorias, ainda há disparidades, com os homens apresentando um nível de ocupação de 68,3%, 20 pontos percentuais acima das mulheres.
O rendimento médio real habitual das mulheres foi de R$ 2.696 no segundo trimestre deste ano, R$ 728 a menos do que o rendimento dos homens, que ficou em R$ 3.424.
Com informações da Agencia Brasil