Lula critica privatizações de empresas públicas em visita à Telebras

Por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nesta terça-feira (27) que a privatização de empresas públicas atuantes em setores estratégicos representa riscos para o povo brasileiro e para a soberania do país durante sua visita ao Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras (Cope-P).

“Tem coisas que têm que ser inexoravelmente do Estado. É assim na Alemanha, na França e nos Estados Unidos. Muita gente foi levada nesse país pela famosa teoria de que é preciso abrir o mercado para todo mundo; que o importante é o livre acesso ao comércio. Mas o livre acesso ao comércio é quando é para vender o produto deles aqui dentro. Quando é para a gente vender lá fora o que produzimos aqui, sabemos a dificuldade que é”, argumentou o presidente.

No início de seu terceiro mandato, em 2023, Lula retirou a Telebras do conjunto de estatais que seriam privatizadas pelo governo de Jair Bolsonaro.

Para Lula, a Telebras desempenha um papel fundamental no sentido de evitar o mau uso da Inteligência Artificial e dos dados da população brasileira.

“Então me diz: como é que um país que consegue ter uma empresa dessa qualidade resolve privatizá-la? Vamos doá-la para quem? Quem é que iria ficar com as informações que o Estado tem, e que somente o Estado tem de ter? São informações do povo brasileiro, desde a saúde até a educação”, acrescentou.

“Vamos fazer com que esta seja uma empresa a serviço do brasileiro; de nossa soberania; de nosso conhecimento tecnológico; de nossa inteligência artificial e de nosso banco de dados. Enfim, a serviço de prestar serviços ao povo brasileiro. Minha presença aqui é para reforçar essa ideia”, discursou Lula.

Segundo o presidente, muitas das autoridades e governos faltaram ter orgulho de ser brasileiro, para pensar um pouco naquilo que o Estado pode oferecer para o bem-estar e para a soberania da sociedade.

“Uma empresa como essa aqui é uma garantia de que a gente pode discutir inteligência artificial sem precisar ficar subordinado a apenas duas ou três nações que já estão à frente”, disse o presidente.

Com informações da Agencia Brasil

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