As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet totalizaram R$ 6,43 bilhões em julho, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (9). Esse é o segundo maior valor mensal desde a criação do programa, em 2002, sendo superado apenas por março de 2023, quando as vendas atingiram R$ 6,84 bilhões e estabeleceram um recorde.
Em relação a junho, as vendas tiveram um aumento de 13,2%. Na comparação com julho do ano passado, o volume cresceu 80,04%.
Dois fatores impulsionaram o alto volume de vendas em julho. O primeiro foi a recompra pelo Tesouro de títulos corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia), que foram trocados por papéis novos. O segundo foi a expressiva emissão de títulos corrigidos pela inflação, cujas emissões mensais atingiram um recorde e totalizaram R$ 2,32 bilhões.
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Os títulos mais procurados pelos investidores em julho foram os corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), representando 42,5% das vendas. Os títulos vinculados à Selic corresponderam a 38,9% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, responderam por 14,1%.
O Tesouro Renda+, destinado ao financiamento de aposentadorias e lançado no início de 2023, foi responsável por 3% das vendas. Já o novo título Tesouro Educa+, criado em agosto do ano passado para financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,5% das vendas.
O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo elevado patamar da Taxa Selic. A taxa, que iniciou um ciclo de alta em julho de 2021, chegando a 13,75% ao ano entre janeiro de 2022 e agosto de 2023, ainda se mantém atrativa, mesmo com as recentes reduções para 10,5% ao ano, podendo voltar a subir na próxima reunião do Comitê de Política Monetária em setembro.
Com informações da Agencia Brasil