O dólar tem um comportamento volátil neste início de sessão de segunda-feira, 9. Por um lado, o sinal vindo do exterior é de alta, com a moeda norte-americana ainda reagindo ao relatório sobre o mercado de trabalho (payroll) nos EUA, divulgado na sexta-feira. Ao mesmo tempo, operadores apontam para fluxo de entrada de recursos no País.
Às 9h35, o dólar à vista no balcão subia 0,16%, a R$ 3,2251. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,05%, a R$ 3,2450. No exterior, o dólar avança ante a maioria das principais divisas emergentes e de países exportadores de commodities, como o peso mexicano (+0,71%), a lira turca (+1,89%) e a rupia indiana (+0,20%).
Nesta segunda, o ajuste positivo do dólar persiste e o destaque externo é a libra esterlina, que atingiu o menor nível em dez semanas ante o dólar, após comentários da primeira-ministra britânica, Theresa May. Em discurso televisionado no domingo, May afirmou que o Reino Unido não poderá manter “porções” de filiação à UE e enfatizou a importância de se adotar controles de imigração. Segundo o RBC, a fala de May foi interpretada como um indicativo de que o Reino Unido deixará o mercado único quando romper com a UE.
Na agenda econômica, a pesquisa Focus, divulgada na manhã desta segunda, mostra que a mediana das projeções é que o IPCA fique em 6,35% este ano. Para 2017, a estimativa caiu de 4,87%, para 4,81%. Já em relação ao PIB, a projeção para o próximo ano ficou estável em 0,50% pela segunda semana seguida. Para este ano, também ficou inalterada, em -3,49%.
Nesta segunda, o presidente Michel Temer vai a Esteio (RS), pela manhã, entregar ambulâncias do Samu e, por volta das 13 horas, retorna a Brasília, onde embarca para Lisboa, para participar do velório do ex-presidente e ex-primeiro-ministro de Portugal Mário Soares.
Já Goldfajn e o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tiago Couto Berriel, participam da reunião bimestral de presidentes de bancos centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia, na Suíça.
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