A partir deste sábado (31/3), começa a valer o aumento no preço dos remédios. A cada ano, o governo define um valor para o reajuste. Em 2018, será de 2,09%, 2,47% ou 2,84%, dependendo do medicamento. Os índices ficaram abaixo da inflação de 2017, que foi de 2,95%.
A alta vale apenas para remédios vendidos com receita. Medicamentos para dor, febre, resfriado ou má digestão, por exemplo, são de venda livre e não têm o preço controlado pelo governo, já que há grande concorrência no mercado.
Isso não provoca aumentos automáticos nem imediatos nas farmácias e drogarias, de acordo com o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo). Segundo a entidade, cerca de 13 mil tipos de medicamentos disponíveis no mercado devem ser atingidos pelo reajuste.
Pelo segundo ano seguido, o reajuste dos medicamentos ficou abaixo da inflação. De 2013 a 2017, segundo o Sindusfarma, a inflação acumulada foi de 36,48%, ante 32,51% dos reajustes médios autorizados pelo governo.
A decisão da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União da última quinta-feira (29/3).
As regras para o reajuste de preço dos remédios foram criadas em 2003. Uma vez por ano, no final de março, o governo anuncia o limite máximo autorizado para o reajuste.
Em 2015, o governo mudou a forma de calcular esse limite. Além da inflação, a conta considera a produtividade da indústria, os custos do setor (inclui variação do dólar e conta de luz, por exemplo) e o nível de concorrência.
À época, o Ministério da Saúde disse que o objetivo da mudança era ter “um preço justo” para o consumidor e evitar aumentos abusivos.