Sob pressão da equipe política, o presidente Michel Temer alterou nesta sexta-feira (27/4) a previsão inicial e decidiu conceder um reajuste maior ao Bolsa Família. Em reunião, no Palácio do Alvorada, ele definiu que o aumento médio do programa social deve ficar entre 5% e 6%, maior que os 3% inicialmente discutidos. A inflação do ano passado ficou em 2,95%.
Em busca de uma agenda positiva, o presidente chegou a afirmar que o aumento seria anunciado nesta sexta-feira (27/4). Na reunião, contudo, ele recuou e preferiu deixar a divulgação para a terça-feira (1/5), Dia do Trabalhador.
O valor maior é uma tentativa do Palácio do Planalto de construir uma marca social em ano eleitoral.
Com uma reprovação de 70%, o presidente articula uma candidatura à reeleição para ficar em evidência e evitar que seu mandato perca apoios político e econômico antes do final do ano. O anúncio do reajuste do Bolsa Família faz parte do pacote eleitoral montado pelo Palácio do Planalto para tentar viabilizar pelo menos o presidente como um fiador do processo eleitoral.
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O anúncio do reajuste deste ano estava previsto para março, mas foi atrasado por uma queda de braço entre as equipes econômica e política do governo. O Planejamento defendeu no início do ano que não houvesse aumento. Já o Desenvolvimento Social queria reajuste entre 5% e 10%.