As contas do setor público (União, estados e municípios) ficaram no vermelho em R$ 14,4 bilhões no primeiro semestre, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (30). Apesar de o resultado ser deficitário, o rombo foi o menor em três anos.
O governo central (formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência) teve déficit de R$ 28,7 bilhões entre janeiro e junho, o que foi parcialmente compensado pelo resultado positivo dos governos regionais (estados e municípios), que tiveram superávit de R$ 13,2 bilhões no mesmo período. As empresas estatais tiveram superavit de R$ 1 bilhão.
A meta para o setor público neste ano é de um deficit de R$ 161,3 bilhões. Na avaliação do Tesouro Nacional, o objetivo deve ser cumprido com facilidade. Em junho, União, Estados, municípios e estatais tiveram um déficit de R$ 13,4 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 2016.
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DÍVIDA
A dívida líquida do setor público foi de R$ 3,4 trilhões no mês passado, ou 51,4% do PIB (Produto Interno Bruto). No ano, houve uma redução de 0,2 ponto percentual na relação dívida/ PIB, consequência, segundo o BC, da desvalorização cambial do período. Já a dívida bruta foi de R$ 5,1 trilhões, ou 77,2% do PIB.
ENTENDA
Superávit ou déficit primário é o quanto de despesa ou receita o governo gera, após a quitação de seus gastos, sem considerar os pagamentos com os juros da dívida. O resultado é divulgado de duas maneiras. A primeira divulgação, pelo Tesouro Nacional, leva em conta a economia ou despesa apenas da União, enquanto a segunda leva em consideração o saldo de todo o setor público (União, Estados, municípios e estatais).
Por: Folhapress