O Governo Federal entregou, nesta segunda-feira (2/8), a Proposta de Emenda à Constituição que reformula o Bolsa Família e aumenta o valor das parcelas. De acordo com a proposta, os beneficiários receberão, em média, R$ 400.
O valor pretendido pela cúpula do Palácio do Planalto é muito acima do pretendia a equipe econômica, que era pouco mais de R$ 250, mas abriu a possibilidade de reajuste o programa assistencial em R$ 300. No entanto, o Ministério da Economia está preocupado com a retirada do dinheiro para o pagamento do benefício.
POPULARIDADE
Precisando de popularidade às vésperas das eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acredita que o reajuste do Bolsa Família poderá angariar votos de beneficiários e reverter os índices de votos das pesquisas.
Não à toa, o governo mandou sua linha de frente para a negociação do novo benefício aos congressistas. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e a secretária de Governo, Flávia Arruda, ex-parlamentares e que possuem trânsito nos corredores do Congresso Nacional.
Para viabilizar o alto reajuste do benefício, os parlamentares precisarão diminuir gastos da União, mas a medida encontra resistência dos congressistas. Na última tentativa do governo de alterações no programa social, o Ministério da Economia sugeriu mexer em precatórios, entretanto a notícia foi mal recebida pelo mercado financeiro.
ALTERAÇÕES
Ainda não há a confirmação sobre quais as alterações que serão feitas e nem a quantidade de novos beneficiários do Bolsa Família. Em todo o Brasil, quase 14 milhões de pessoas são atendidas, que paga um valor médio de R$ 192.
Durante a pandemia, o auxílio emergencial inicial de R$ 600 colocou a popularidade do presidente lá em cima. Com a diminuição do valor para R$ 250, em média, a avaliação positiva do presidente despencou.
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