Economia

Bitcoin e Ethereum disparam com expectativa de mudança de postura do Fed


O bitcoin tocou a máxima de três semanas na quarta-feira, enquanto o ethereum atingiu seu maior patamar desde o The Merge, diante de sinais de flexibilidade na política monetária agressiva do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), o que acabou enfraquecendo o dólar.

O bitcoin subia 6,66%, para US$ 20.629, superando a marca de US$ 20.000 pela primeira vez em três semanas, ao mesmo tempo em que o ethereum saltava 13,20%, máxima de um mês e meio, a US$ 1.525,26 às 9h16.

Os ganhos em ambas as criptomoedas refletiam a tendência de alta mais ampla no mercado de criptomoedas, graças ao recuo do dólar. Dados da Coinmarketcap mostram que a capitalização total do mercado cripto está a menos de US$ 20 bilhões de atingir a marca de US$ 1 trilhão.

Os mercados estão precificando expectativas de que uma crise econômica mais acentuada nos Estados Unidos fará com que o Fed adote um posicionamento menos rígido. Embora a expectativa geral ainda seja que o banco central americano eleve os juros em 75 pontos-base em novembro, os operadores estão apostando que a instituição diminuirá o ritmo de elevações no mês seguinte.

Dados divulgados na terça-feira mostraram que os preços dos imóveis nos EUA tiveram uma queda no mês passado. O indicador saiu após os números do PMI revelarem uma ampla contração da atividade industrial no país em setembro.

A perspectiva de um Fed menos rígido acabou pesando sobre o dólar, que registrou um movimento de correção nas últimas quatro sessões. Tanto o índice dólar quanto o índice dólar futuro registravam queda nesta quarta-feira, negociados abaixo das mínimas de duas semanas a 111.

A fraqueza no dólar ajudou os criptomercados a romperem a estreita consolidação em que se encontravam nos últimos dois meses. Assim como os rompimentos anteriores, ainda é preciso ver se o mercado conseguirá se firmar em tendência de alta.

Os mercados também estavam animados com notícias de que diversos investidores asiáticos estavam comprando criptos, em especial o bitcoin.

No mês passado, a maior criptomoeda do mundo subiu até US$ 22.700, antes de voltar a cair para perto das mínimas anuais. O token e o espaço mais amplo das criptos sofreram grandes perdas neste ano, à medida que o Fed apertava sua política monetária.

O foco agora está voltado a atualizações regulatórios do criptomercado, em meio ao embate atual com a SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA.

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