Problemas de Qualidade na Produção da Boeing São Identificados pela FAA
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) revelou que encontrou diversos problemas com as práticas de produção da Boeing após uma auditoria de seis semanas. A análise foi realizada após a explosão do plugue da porta em um 737 Max 9 da Alaska Airlines em 5 de janeiro.
A FAA identificou questões de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, no manuseio e armazenamento de peças, e no controle de produtos. Segundo a agência, esses problemas devem ser abordados pela empresa em seu plano de melhoria de qualidade.
Uma investigação separada também encontrou “lacunas” na cultura de segurança da Boeing, incluindo uma desconexão entre a administração e os funcionários. Havia ainda temores entre os empregados sobre retaliação por relatarem preocupações em relação à segurança.
Boeing se Compromete a Melhorar Controle de Qualidade
Diante das constatações da FAA, a Boeing se comprometeu a tomar as medidas necessárias para melhorar seu controle de qualidade. A empresa afirmou estar preparada para implementar um plano de ação abrangente com critérios mensuráveis para demonstrar a mudança necessária.
Mesmo antes do incidente envolvendo a Alaska Airlines, o CEO da Boeing, David Calhoun, reconheceu a necessidade de aprimorar os controles de qualidade da empresa. Calhoun afirmou que a Boeing é responsável pelo que aconteceu e destacou a importância de garantir a segurança dos clientes e passageiros.
A auditoria da FAA também incluiu o grande fornecedor da Boeing, a Spirit AeroSystems, que constrói as fuselagens do jato Boeing 737 Max 9, entre outros componentes. Ambas as empresas foram apontadas por supostamente não cumprirem os requisitos de qualidade de fabricação.
Agora, a Boeing e a Spirit estão em comunicação com a FAA sobre as ações corretivas necessárias. A agência segue acompanhando de perto as medidas adotadas pelas empresas para garantir o cumprimento das normas de qualidade e segurança..