Inflação chega a 0,83% em fevereiro com reajustes escolares

Por Redação
3 Min

A inflação acelerou e registrou uma alta de 0,83%, em comparação com os 0,42% em janeiro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 12, pelo IBGE, e estão alinhados com a prévia do índice, que indicava um aumento acompanhando o fator sazonal dos preços de educação, os quais tradicionalmente sobem neste mês com o início do ano letivo. No ano passado, por exemplo, o indicador foi de 0,84% para o mesmo período. A inflação, no entanto, ficou um pouco acima das expectativas do mercado, que estimava um aumento de 0,78% no período.

No acumulado do ano, o IPCA apresentou uma alta de 1,25% e, nos últimos doze meses, de 4,5%. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para a inflação deste ano é de 3%, com uma margem de tolerância de até 4,5%.

De acordo com o IBGE, dos nove grupos pesquisados, sete tiveram aumento em fevereiro. Nas atividades de Educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares, com um aumento de 6,13%. “Esse resultado se deve aos reajustes que são comumente praticados no início do ano letivo”, explicou o gerente da pesquisa, André Almeida.

Além do grupo de Educação, outros setores também apresentaram aumentos significativos, como Alimentação e Bebidas, que registrou um aumento de 0,95%. “Neste caso, houve influência do clima, devido às temperaturas mais altas e ao aumento do volume de chuvas”, disse Almeida. Na alimentação em domicílio, os destaques foram os aumentos nos preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%). O grupo de alimentos tem o maior peso na cesta do IPCA.

A inflação de fevereiro também foi impulsionada pelo grupo Transportes, o segundo com maior peso, que teve um aumento de 0,72%. Enquanto as passagens aéreas tiveram o maior impacto negativo de todo o índice, com uma queda de 10,71%, todos os combustíveis pesquisados apresentaram aumento: etanol (4,52%), gás veicular (0,22%), óleo diesel (0,14%) e, principalmente, a gasolina (2,93%), que teve o maior impacto individual de toda a pesquisa.

Já o grupo de Habitação (0,27%) teve um destaque para o aumento na taxa de água e esgoto (0,11%) e a queda no gás encanado (-1,40%). Em Comunicação, com uma inflação de 1,56%, o resultado foi influenciado pelos aumentos na TV por assinatura (4,02%) e no combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,29%).

Compartilhe Isso