O mercado imobiliário brasileiro continua apostando no golfe como um atrativo de negócios, mesmo considerando que o Brasil não é conhecido como uma terra do esporte. A presença de um campo de golfe em um empreendimento pode transmitir uma imagem de exclusividade, o que impacta até mesmo aqueles que não são praticantes da modalidade.
Uma novidade nesse campo é o lançamento do primeiro condomínio residencial com campo de golfe iluminado do Brasil, localizado em Santa Catarina. A iluminação do campo permite uma prática estendida do esporte, potencializando a receita gerada pelo uso das instalações. Além disso, a empresa responsável pelo empreendimento, a Incorporadora Wert, destaca o compromisso de preservar 16.000 metros quadrados de vegetação na área do condomínio, que tem previsão de entrega até o início de 2025.
Implantar e manter um campo de golfe em um condomínio residencial não é tarefa fácil. A área necessária, o tipo de solo, a grama, a vegetação e sistemas de irrigação são alguns dos elementos que influenciam no custo total, que pode variar de 2 a 15 milhões de reais para um campo de 18 buracos. A irrigação, por exemplo, demanda um volume considerável de água diariamente, o que representa um desafio adicional para os administradores.
O Brasil conta atualmente com cerca de 30.000 praticantes de golfe, um número modesto se comparado a outros países. No entanto, o país tem uma história no esporte que remonta ao início do século XX, quando engenheiros ingleses e escoceses construíram o primeiro campo de golfe no Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Desde então, o golfe tem se popularizado no país, com aproximadamente 155 campos espalhados pelo território nacional.
Apesar das diferenças em número de campos em relação a outros países, como os Estados Unidos, o Brasil tem algumas semelhanças significativas na prática do esporte. Ambos os países têm participado ativamente dos Campeonatos Mundiais de golfe, sendo os únicos a manter essa presença desde a instituição da competição em 1958. Além disso, muitos campos de golfe no Brasil foram projetados por renomados arquitetos americanos, como Arnold Palmer e Randal Thompson.
Em 1974, o empresário Jacob Federmann introduziu o conceito de moradia integrada ao golfe ao lançar o condomínio de campo Terras de São José em Itu, o primeiro loteamento fechado do Brasil com um campo de golfe como parte de seus atrativos. Desde então, outros empreendimentos seguiram essa tendência, oferecendo aos condôminos oportunidades de lazer e prática esportiva alinhadas com segurança e qualidade de vida.
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