O Banco da Amazônia, sob administração da União, divulgou hoje o balanço consolidado de 2023, registrando um lucro líquido recorde de 1,3 bilhão de reais. Este resultado representa um aumento de 20% em comparação ao ano anterior, que já havia sido recorde, com lucro de 1,1 bilhão de reais.
Segundo o presidente da instituição, Luiz Lessa, esse resultado reflete um crescimento constante e consistente. O patrimônio do Banco em 2023 atingiu a marca de 6 bilhões de reais, um aumento de 21,5% em relação ao ano anterior. O retorno sobre o capital também apresentou um crescimento de 25%. A carteira de crédito do Banco da Amazônia alcançou 51 bilhões de reais, crescendo mais de 8% e superando a média de mercado, que foi em torno de 5%.
O principal foco da instituição é a oferta de linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores, com uma taxa de inadimplência de cerca de 2%. Isso representa um retorno de capital mais assertivo em comparação à média do mercado. Lessa destaca que a política de crédito do Banco combina sustentabilidade, financiando apenas clientes tradicionais e setores consolidados, como infraestrutura de transporte, saneamento e transição energética.
Do total da carteira de crédito, 6 bilhões de reais foram destinados a micro e pequenos negócios, 7 bilhões de reais para investimentos em linha verde e 9 bilhões de reais para projetos em municípios com baixo IDH. Lessa ressalta que a instituição oferece suporte e orientação aos microempreendedores, acompanhando toda a cadeia produtiva para garantir um retorno menos arriscado.
O presidente assumiu o cargo em junho do ano passado com a missão de corrigir rotas e melhorar a capacidade de encontrar bons negócios. Para os próximos anos, o Banco pretende investir em seguridade e meios de pagamento, como cartão, adquirência e recebíveis. Lessa aponta que as possibilidades de crescimento são robustas, especialmente no setor de seguridade.
Além disso, o Banco da Amazônia está focando na participação da COP30 de 2025, que deve impulsionar negócios na região. A instituição está dialogando com entidades financeiras internacionais para desenvolver projetos na região amazônica, com destaque para projetos de saneamento, transmissão de energia e transição energética. Também estão sendo desenvolvidas linhas de crédito específicas para o setor turístico da região.
Um desafio adicional para este ano é a queda progressiva da taxa Selic, que se encontra em 11,25% ao ano. Apesar de positiva para a economia, essa queda pressiona a Tesouraria do Banco. No entanto, Lessa revela que esperam compensar essa queda com um aumento no volume de crédito oferecido ao mercado, priorizando sempre as oportunidades de crescimento.