A balança comercial brasileira registrou uma queda de 30,4% em março, em comparação com fevereiro, totalizando um superávit de US$ 7,48 bilhões, conforme divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC nesta quinta-feira (4). Esse resultado foi impulsionado por exportações no valor de US$ 27,98 bilhões, representando uma redução de 14,8% em relação ao mês anterior, e importações de US$ 20,50 bilhões, uma diminuição de 7,1%.
No acumulado do primeiro trimestre, a balança comercial apresentou um superávit de US$ 19,08 bilhões, o que representa um crescimento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2023. As exportações cresceram 3,2% entre janeiro e março, atingindo o valor de US$ 78,27 bilhões, enquanto as importações tiveram uma queda de -1,8%, totalizando US$ 59,19 bilhões.
No que diz respeito aos setores específicos, em março, as exportações do setor agropecuário apresentaram uma queda de 20,8%, totalizando US$ 7,14 bilhões. Já na indústria extrativa, a retração foi de 23,9%, alcançando US$ 6,42 bilhões. As vendas externas da indústria de transformação totalizaram US$ 14,24 bilhões, uma redução de 6,2% em relação a fevereiro.
A retração das exportações agrícolas foi influenciada, principalmente, pela diminuição nas vendas de Arroz com casca, paddy ou em bruto (-99,9%), Milho não moído, exceto milho doce (-72,5%) e Soja (-26,7%) no setor agropecuário. Na indústria extrativa, destacaram-se as quedas nas exportações de Outros minerais em bruto (-54,0%), Minérios de cobre e seus concentrados (-27,4%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-35,5%).
Na indústria de transformação, as vendas de Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas caíram 23,6%, enquanto Farelos de soja e outros alimentos para animais, farinhas de carnes e outros animais recuaram 23,8%. Em relação aos Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas, as exportações registraram uma redução de 36,6%.
Em março, as exportações brasileiras para os Estados Unidos aumentaram em 21,3%, totalizando US$ 3,76 bilhões. No entanto, houve uma queda nas exportações para outros grandes parceiros comerciais, como US$ 1,11 bilhão para a Argentina (-27,9%), US$ 8,50 bilhões para China, Hong Kong e Macau (-23,4%) e US$ 3,38 bilhões para a União Europeia (-31,6%).