A balança comercial da China registrou um significativo recuo em março, com um superávit de US$ 58,55 bilhões, em comparação com os US$ 125,16 bilhões de fevereiro. Este resultado ficou bem abaixo da expectativa dos analistas da LSEG, que previam um saldo de US$ 70,20 bilhões.
A queda nas exportações chinesas foi o principal fator que influenciou esse resultado, com uma desaceleração acentuada em março em relação ao ano anterior. Os dados da administração geral alfandegária do país asiático, divulgados na última sexta-feira (12), mostraram uma redução de 7,5% nas remessas totais para o exterior em dólares. Isso reverteu o crescimento de 7,1% nos primeiros dois meses de 2024.
Essa queda nas exportações foi ainda mais acentuada do que a previsão de 2,3% de declínio feita em uma pesquisa da Reuters com economistas. Produtos mecânicos, de alta tecnologia e vestuário foram os mais afetados, contribuindo para a piora nas exportações em março, a maior desde agosto do ano passado.
As exportações para a União Europeia caíram 5,7% no primeiro trimestre, enquanto os embarques para os Estados Unidos tiveram uma redução de 1,3%. Por outro lado, as exportações para as economias do Sudeste Asiático cresceram 4%.
Em relação às importações, houve uma queda de 1,9% em março em dólares, também abaixo da estimativa de crescimento de 1,4% da Reuters. A menor demanda por produtos agrícolas e petróleo bruto foi o principal motivo dessa redução.
No geral, as compras externas aumentaram 1,5% nos primeiros três meses de 2024, impulsionadas pelas importações de países do Sudeste Asiático, Índia e Rússia. Por outro lado, as importações dos EUA caíram 10,7% e as da UE recuaram 8%.
Com informações da Reuters.