Dois dos principais dados de atividade da China decepcionaram em março. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS), a produção industrial cresceu 4,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, ficando abaixo tanto dos 6,9% esperados pelo consenso LSEG de analistas quanto do avanço de 7,0% na média de janeiro e fevereiro.
As vendas no varejo, por sua vez, subiram 3,1% em março na comparação anual, ante uma projeção de alta de 4,6%. E desaceleraram em relação ao ganho de 5,5% no período de janeiro a fevereiro.
O governo chinês preferiu destacar o avanço de 6,1% na produção industrial no primeiro trimestre, detalhando que a manufatura cresceu 6,7%. Especificamente, a produção no segmento de alta tecnologia registrou crescimento de 7,5%, acelerando 2,6 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2023.
O crescimento trimestral das vendas varejistas, por sua vez, alcançou 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
As vendas no varejo nas regiões urbanas do país cresceram 4,6% na comparação anual no período, enquanto as das áreas rurais expandiram 5,2%.
As vendas no varejo online saltaram 12,4% na comparação anual, com as vendas no varejo online de bens físicos avançando 11,6% e respondendo por 23,3% do total das vendas de bens de consumo.
O consumo de serviços manteve uma sólida expansão no primeiro trimestre, contribuindo com 55,7% para o crescimento econômico, conforme informou Sheng Laiyun, vice-diretor do NBS, em entrevista coletiva.
Outro dado importante anunciado hoje foi a taxa de desemprego urbano na China, que ficou em 5,2% no primeiro trimestre, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.
Em março, a taxa de desemprego urbano pesquisada no país ficou em 5,2%, com queda de apenas 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e de março de 2023, indicando uma situação de emprego geralmente estável.
No final de março, o número total de trabalhadores migrantes rurais cresceu 2,2% em termos homólogos, para 185,88 milhões.