Em mais uma rodada de reuniões, os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram por maioria a greve da instituição por tempo indeterminado. Após mais de um mês em greve, os servidores se reuniram nesta quinta-feira (6/6), na faculdade de Direito, para mais uma assembleia a favor da manutenção da paralisação.
Além das discussões acerca da continuidade ou encerramento da greve, neste encontro, o Sindicato dos Professores (Apub) também discutiu pautas sobre o orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e a Política Nacional de Assistência Estudantil.
Com a expectativa de que o governo apresente um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) específico para a educação, o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) deve receber os reitores das universidades federais por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na próxima quinta-feira (10/6).
Técnicos-administrativos e docentes agendaram mais três mesas de negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério da Educação (MEC). As reuniões devem acontecer amanhã (7/6), em sequência, na próxima terça (11/6) e outra na próxima sexta-feira (14/6).
A greve dos professores da Ufba é uma importante manifestação em defesa da educação pública e dos direitos dos trabalhadores do ensino superior. A decisão pela paralisação por tempo indeterminado reflete a insatisfação da categoria com as condições de trabalho e com a falta de investimentos no setor.
Durante a assembleia realizada na faculdade de Direito, os professores debateram diversas questões, como a necessidade de garantir melhores salários e condições de trabalho, além de discutir formas de pressionar o governo a atender suas reivindicações.
A mobilização dos servidores da Ufba também faz parte de um contexto nacional de luta em defesa da educação pública e gratuita. O movimento grevista não se restringe apenas à universidade baiana, mas está inserido em um contexto mais amplo de resistência contra os ataques do governo à educação e aos direitos trabalhistas.
Os professores da Ufba estão unidos em torno de suas demandas e dispostos a manter a greve por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas. A expectativa é de que as negociações com o governo avancem e que uma solução seja encontrada para a crise no ensino superior público.
Diante desse cenário, a greve dos professores da Ufba se torna um importante símbolo de resistência e luta em defesa da educação e dos direitos dos trabalhadores. É fundamental que a sociedade apoie essa mobilização e esteja ao lado dos professores na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.