Professores da Ufba aprovam fim de greve para dia 26

Por Redação
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Durante a tarde desta terça-feira (18/6), a Assembleia Geral realizada na reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) resultou na decisão dos professores da instituição de manter as atividades suspensas, porém com um “indicativo de fim de greve”.

Após quase 60 dias de greve, o corpo docente da Ufba marcou um novo encontro para o dia 26 deste mês, com a expectativa de encerrar definitivamente a greve e retomar o calendário acadêmico, juntamente com o comando de greve nacional e outras 60 universidades em greve em todo o país.

A decisão foi aprovada com 263 votos favoráveis à continuidade da greve com indicativo de fim, 139 pela finalização imediata da paralisação e uma abstenção.

A assembleia, que durou mais de quatro horas, foi marcada por conflitos e divergências. Em diversos momentos, os moderadores tiveram que solicitar silêncio e respeito, chegando a fazer pausas para acalmar os ânimos.

Atualmente, quase 50 universidades federais continuam em greve. O Sindicato dos Professores e Servidores (Apub) sugeriu o encerramento imediato da paralisação.

Além disso, durante a reunião, houve discussões e votações em relação à “PL do Aborto”, atualmente em tramitação no Congresso. Por unanimidade, os professores votaram pelo repúdio à aprovação em urgência do PL 1904, que equipara o aborto ao crime de homicídio.

Uma enquete online foi realizada com o corpo docente ativo e aposentado da Ufba para discutir a adesão ou o encerramento da greve entre os dias 14/6 e 17/6. Com a participação de 26,64% dos docentes, o levantamento indicou a preferência pelo encerramento da paralisação. Dos 1.236 participantes, 839 votaram pelo fim da greve, 352 pela continuidade e 45 se abstiveram.

A reunião foi repleta de debates acalorados e argumentações fundamentadas por parte dos professores que defendiam pontos diferentes de vista em relação ao futuro da greve na Ufba.

Durante a assembleia, também foram abordadas outras pautas importantes, como a situação da educação no país e as reivindicações dos professores em relação às condições de trabalho e valorização profissional.

No cenário nacional, a paralisação das atividades em universidades federais tem gerado debates e reflexões sobre o papel das instituições de ensino superior no contexto social atual, bem como sobre as políticas públicas voltadas para a educação.

É importante ressaltar que a mobilização dos professores universitários demonstra a força e a união da categoria em busca de melhores condições de trabalho e de ensino, respeitando sempre os princípios democráticos e a autonomia universitária.

Portanto, a decisão de manter as atividades suspensas, porém com um indicativo de fim de greve, reflete o compromisso dos professores da Ufba com a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.

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