A greve dos professores na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) chegou ao fim após uma votação decisiva realizada pela Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) na manhã desta terça-feira (18/6).
A assembleia, que aconteceu no campus de Santo Antônio de Jesus, determinou que as atividades universitárias serão retomadas na próxima quarta-feira (26/6). No entanto, o retorno das aulas está condicionado à atualização do calendário acadêmico, que será divulgado na próxima semana.
A paralisação durou mais de um mês e envolveu mais de 60 instituições federais de ensino superior (IFES). O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) estabeleceu o encerramento unificado da greve nacional até o dia 5 de julho, com prazos variáveis de acordo com as decisões de cada grupo de professores.
Entre as reivindicações dos professores estavam a recomposição do orçamento das universidades e institutos federais, bem como um novo reajuste salarial para os docentes, que vem sofrendo reduções desde 2016. Apenas em 2023, os professores receberam um aumento de 9% em seus salários.
Na UFRB, as negociações resultaram em conquistas parciais. Em relação ao reajuste salarial, a proposta aprovada prevê 9% em 2025 e 3,2% em 2026, sem previsão de reajuste para este ano. Além disso, haverá a revogação de portarias e decisões dos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, juntamente com a implementação do Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC) da Educação, que inclui um investimento de R$ 5,5 bilhões, sendo R$ 800 milhões destinados à recomposição orçamentária.
No entanto, os campi de Santo Amaro e Feira de Santana acabaram não sendo contemplados nos planos do PAC, gerando grandes preocupações em relação às bolsas de pesquisa, muitas das quais foram canceladas devido à perda de prazos.
A decisão de encerrar a greve dos professores na UFRB foi um alívio para a comunidade acadêmica, que aguardava ansiosamente o retorno das atividades letivas. Com a aprovação das propostas e a garantia de melhorias nas condições de trabalho dos docentes, espera-se que a instituição possa retomar seu pleno funcionamento e seguir em busca da excelência acadêmica.
Essa vitória dos professores da UFRB demonstra a importância da luta coletiva em defesa da educação pública e de qualidade. É fundamental que o governo federal atenda às demandas do setor educacional e garanta as condições necessárias para o pleno desenvolvimento das universidades e institutos federais em todo o país.
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