Professores encerram greve após acordo em instituições federais

Por Redação
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Após cerca de 60 dias de paralisação, os professores de universidades e institutos federais de educação chegaram a um acordo com o governo federal, pondo fim à greve que vinha afetando o ensino superior no país. O termo de acordo foi finalizado no último domingo (23/6) e está previsto para ser assinado na quarta-feira (26/6).

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o encerramento da greve terá início nesta segunda-feira (24/6), com a expectativa de ser completamente consolidado até o dia 3 de julho.

O Comando Nacional de Greve, reunido em Brasília durante o fim de semana, informou que, após a sistematização dos resultados das assembleias realizadas nos estados entre os dias 17 e 21 de junho, a categoria docente decidiu pela assinatura do termo de acordo proposto pelo governo e pela saída unificada da greve a partir do dia 26 de junho, com encerramento definitivo até 3 de julho.

Em comunicado, o Andes-SN ressaltou que as propostas apresentadas pelo governo não atenderam plenamente às demandas dos docentes, porém, o movimento grevista será encerrado, em razão dos avanços conquistados durante as negociações. A entidade destacou que os termos acordados refletem os resultados da mobilização da categoria. Além disso, afirmou que, apesar dos ganhos obtidos até o momento, a conjuntura indica os limites do processo de negociação.

O sindicato enfatizou que a greve atingiu seu ponto máximo e que é hora de seguir lutando em outras frentes. A proposta do governo, aceita pelo Comando Nacional de Greve, prevê um reajuste zero em 2024, em razão das restrições orçamentárias. Em contrapartida, foi oferecido um aumento do reajuste linear, escalonado até 2026, com índices de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Importante ressaltar que o acordo marca o encerramento de um movimento significativo que teve como foco a valorização dos docentes e a defesa da educação pública no Brasil. A mobilização dos profissionais do ensino superior contribui para reforçar a importância do diálogo e da luta por melhores condições de trabalho e salários dignos no setor educacional.

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