Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, explicou que existem “opções políticas” que levam à avaliação da alfabetização na educação básica ser feita pelos próprios estados. Ele foi um dos palestrantes nesta terça-feira (3/9) do 8º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, realizado em São Paulo, com a colaboração da repórter Juana Castro, direto de São Paulo.
“É uma opção política que possui diversas razões importantes”, analisou Palácios, durante a discussão mediada pela jornalista Marta Avancini.
“A legislação dos estados, que regula a distribuição de ICMS à educação, se baseia nos resultados da avaliação da alfabetização produzidos pelos sistemas estaduais de avaliação”, acrescentou.
Dessa forma, conforme indicou o chefe do Inep, a análise “se fundamenta nos sistemas estaduais de avaliação”.
### DADOS DO ANALFABETISMO
De acordo com o Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia mantém o maior número de analfabetos do país. O estado ocupa essa posição por, pelo menos, 31 anos.
O estudo constatou que a taxa de analfabetismo naquele ano era de 12,6%. Isso significa que um em cada 10 habitantes do estado, na faixa etária de 15 anos ou mais, sequer havia dado início à educação básica.