Greve dos professores da Uneb inicia sexta (27); nova reunião com Governo agendada

Os docentes dos campi da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) deram início, nesta sexta-feira (27/9), a uma greve geral da categoria, sem previsão de encerramento. A ação surge devido ao impasse entre os professores e o Governo da Bahia em relação ao reajuste salarial dos servidores.

A greve deve perdurar por tempo indeterminado. No entanto, conforme a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), aproximadamente 30% dos serviços essenciais na universidade serão mantidos. Em comunicado, a associação também informou que haverá um “ato estadual em defesa da universidade” na segunda-feira (30), às 8h, na entrada do campus do Cabula. No mesmo dia, está agendada uma assembleia-geral da categoria.

Na próxima quarta-feira (2/10), está programada uma nova rodada de negociações entre os docentes e o Governo do Estado.

REIVINDICAÇÕES

A categoria docente considerou insatisfatória a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo na última mesa de negociação, que previa um aumento de 4,94% acima da inflação, somando os valores dos anos de 2025 e 2026. De acordo com as previsões inflacionárias do Boletim Focus, a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária desde 2015 chega a 35%.

Além disso, a Aduneb destacou que mais de 160 docentes da Uneb têm suas promoções impedidas, e diversos adicionais de insalubridade também são negados aos servidores, os quais “continuam a exercer suas funções em condições insalubres em laboratórios e outros espaços”.

A associação também repudiou “a interferência do governo na autonomia universitária para a gestão acadêmica, administrativa e orçamentária, algo garantido pela Constituição Federal”.

Durante a greve, os estudantes da Uneb ficam sem aula e têm suas rotinas acadêmicas impactadas. A paralisação dos docentes visa a pressionar o governo a atender suas demandas e garantir melhores condições de trabalho e remuneração.

Os protestos devem continuar até que haja uma solução satisfatória para os profesores e que seus direitos sejam respeitados. A luta pela valorização da educação pública e pela melhoria das condições de trabalho no âmbito universitário permanece como uma pauta importante para a comunidade acadêmica da Uneb.