O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu a Jovem Pan de falar sobre fatos envolvendo a condenação do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido feito pela Coligação Brasil da Esperança. Por 4 votos a 3, os ministros decidiram que a emissora não pode falar sobre o assunto. A multa diária para o canal e para os jornalistas é de R$ 25 mil. A Justiça Eleitoral também determinou que a Jovem Pan tire do ar de todas as peças publicitárias de campanha eleitoral, feita por adversários, com a temática “Lula mais votado em presídios” e “Lula defende o crime”. A emissora publicou edital nesta quarta-feira (19) criticando a decisão e acusando o TSE de censura.
O corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Benedito Gonçalves, deu cinco dias para que o dono da Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, se manifeste num processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pede a condenação da emissora por supostamente privilegiar o presidente Jair Bolsonaro (PL), contra e eleição do petista, em sua programação. Segundo o advogado Cristiano Zanin, que representa o PT no TSE, a conduta do grupo de comunicação viola os dispositivos da Lei Eleitoral, que proíbe o favorecimento de candidatos durante o período eleitoral.
A Jovem Pan está, desde a segunda-feira, 17, sob censura instituída pelo Tribunal Superior Eleitoral. Não podemos, em nossa programação — no rádio, na TV e nas plataformas digitais —, falar sobre os fatos envolvendo a condenação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Não importa o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora. Censura”, disse o canal.