Com cerca de 1,15 milhão de desempregados, a Bahia liderou, pela segunda vez, no final do ano passado, o ranking de desocupação. Para ficar fora dessa estatística, uma das dicas dos especialistas, nesta hora, é procurar qualificação técnica profissional. O governo abriu 11 mil vagas para cursos técnicos e com ajuda de especialistas, o CORREIO listou as profissões que o mercado de trabalho mais tem demandado.
De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial – um levantamento sobre as áreas que mais precisarão de profissionais de 2017 a 2020 –, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no estado, as áreas mais deficientes são os setores de Meio Ambiente e Produção (necessitando de 13.547), Metalmecânica (12.566), Energia (11.237), Construção (9.988) e Tecnologias da Informação e Comunicação (7.232).
“A demanda da indústria influencia na escolha do candidato. Ele associa o seu interesse com a necessidade. Ele pode procurar algo que gosta de fazer e que lhe dá a chance de se inserir no mercado de trabalho”, explica Patrícia Evangelista, gerente de educação profissional do Senai.
Ainda conforme Evangelista, os salários de um profissional técnico podem variar, inicialmente, de R$ 2.000 a R$2.500, podendo chegar a R$ 4.000 e R$5.000. A área de Meio Ambiente e Produção lidera a demanda por profissionais com formação técnica porque as empresas passaram a ter maior controle sobre os impactos ambientais nos processos produtivos. Além disso, neste cenário de instabilidade econômica, melhorar a gestão dos processos pode gerar ganhos de produtividade.
No setor de Construção, que volta a se recuperar em meio à crise, as ocupações industriais com maior demanda são os supervisores da construção civil (5.220) e os técnicos em edificações (2.445). Já no de Energia, são os técnicos em eletrônica (5.157) e os técnicos em eletricidade e eletrotécnica (4.176). Em Meio Ambiente e Produção, os profissionais mais solicitados pelo mercado são técnicos de controle de produção (4.107), técnicos em segurança do trabalho (3.515) e técnicos de planejamento e controle da produção (3.495).
Embora aqui apareça por último neste ranking, o setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) continua crescendo em demanda de profissionais. Para o consultor empresarial Tadeu Ferreet, os técnicos dessa área serão cada vez mais solicitados por causa da contínua automação nas empresas. Segundo ele, esses os técnicos formados podem ganhar até R$4.000. “A tendência de empregabilidade em tecnologia tem aumentado constantemente. Apesar de as empresas estarem investindo nisso, não quer dizer que não haverá vagas para as pessoas. As empresas precisam de gente capacitada para operar as máquinas”, explica.
Apesar de não ser listado pelo Senai, ainda segundo o consultor, a área de saúde também tem demandado muitos profissionais por causa da onda de preocupação das pessoas e das empresas em manter-se saudável. “Atualmente, tem empresas que, além de pedir o exame admissional, oferecem serviço de reeducação alimentar”, informa.
Confira as áreas e as profissões mais cotadas para 2017:
– Construção
Técnico em Edificações
Técnico em Desenho de Construção Civil
Técnico em Encanamento
– Meio ambiente e produção
Técnico em Biotecnologia
Técnico em Química
Técnico em Meio Ambiente
Técnico em Controle Ambiental
Técnico em Pranejamento de Produção
Técnico em Segurança do Trabalho
– Metalmecânica
Técnico em Eletrotécnica
Técnico em Eletromecânica
Técnico em Mecânica
Técnico em Automação Industrial
Técnico em Mecatrônica
Técnico em Siderurgia
– Energia
Técnico em Eletroeletrônica
Técnico em Eletrotécnica
– Tecnologias da Informação e Comunicação
Técnico em Redes de Computadores
Técnico em Informática
Técnico em Manutenção e Suporte em Informática
Técnico em Telecomunicações