Oficialmente, dois meses ainda nos separam do Carnaval. Mas os preparativos para a maior festa popular do mundo já começaram a marcar o calendário do pré-verão soteropolitano. Neste domingo, 6, às 18 horas, quem dá a largada para os preparativos da folia é a Timbalada, que realiza o primeiro dos cinco ensaios da temporada no Museu du Ritmo.
Com o tema Sinta a Timbalada, o grupo encabeçado pelo camaçariense Denny mergulha nos cinco sentidos para orientar a folia.
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“A nossa vitrine é o Carnaval de Salvador”, explica Denny, vocalista-líder do grupo há dez anos. É pensando nisso que eles iniciam os ensaios, preparando a “nação timbaleira” para o que vem por aí. “Essa cultura de ensaiar é para aprender as músicas, as coreografias, para mostrar bonito na avenida. Quando chega no bloco, está todo mundo sincronizado”, afirma.
A ideia que Denny e os 14 músicos da Timbalada sustentam é levar para os ensaios e o Carnaval o mesmo tema, estimulando, por meio da música, os cinco sentidos, despertando memórias sensitivas e estimulando toques. “A Timbalada é sentido. Então a gente vai transformar isso através da música, no sentido de que a Timbalada é tudo”, reflete o vocalista do grupo. “É romântica, é alegre, é coração, nostalgia. A Timbalada é tudo”.
Nação de fãs
Ao longo da temporada, o grupo percussivo realiza cinco ensaios. Além do primeiro, no domingo, a Timbalada se apresenta dia 20 de dezembro. Em janeiro, as datas são 17 e 31. Depois, o quinto ensaio é na “ressaca” do Carnaval, em 14 de fevereiro.
Até lá, é tempo o suficiente para que os fãs – “A própria nação timbaleira fala: é uma religião” – se preparem tanto para sentir a Timbalada quanto para deixar as novas músicas – como O Melhor de Nós Dois e Beijo Timbaleira – na ponta da língua. Para os fãs mais apegados, sucessos como Toque Timbaleiro e Na Beira do Mar não vão ficar de fora do repertório.
Apesar das novidades, Denny garante que um elemento não muda: o traço percussivo. Vinte e quatro anos depois de sua criação e após 20 anos de bloco, sua relação com os tambores se mantém. “A Timbalada se revitaliza, ela está sempre atualizada”, pondera o cantor. “Logicamente, a gente nunca vai perder o som percussivo”.
Assim, com as já tradicionais pinturas brancas estampadas na pele, os músicos da Timbalada sobem ao palco do Museu du Ritmo para trazer música e axé pontuados por mensagens de paz. “É uma música pra frente, em que todo mundo se abraça e joga a mãozinha pra cima. E tem esse lado social que é muito importante”, afirma o vocalista