Emissora tem novo executivo no principal cargo abaixo da família Marinho com a meta de romper a estagnação artística
Depois do ‘aviso prévio’ cumprido pelo demissionário Ricardo Waddington, Amaury Soares passa a comandar sozinho os Estúdios Globo a partir de junho.
O novo principal executivo da linha de produção da emissora – abaixo apenas do presidente do canal, Paulo Marinho – tem várias missões a cumprir.
Desde fazer o horário da novela das 21h voltar à casa dos 30 pontos no Ibope até sanar a polêmica interminável entre Patrícia Poeta (a ex-mulher) e Manoel Soares no ‘Encontro’.
De colaborar para o Grupo Globo voltar ao azul após dois anos consecutivos de prejuízo até dar continuidade à reestruturação financeira que já gerou centenas de demissões de atores, jornalistas e outros colaboradores.
O Sala de TV apurou que a empresa estuda novas demissões. Algumas, exclusivamente pela questão financeira: dispensar profissionais com alto salário para ocupar a vaga com menor custo. Assim, reduzir as despesas fixas e garantir os investimentos previstos.
Outras, para indicar outro rumo à Globo e começar a criar uma marca da nova gestão, com atrações realmente inovadoras e novos rostos no vídeo. Contratações estão sob análise, inclusive de gente famosa de outros canais.
Em dois anos no poder, Waddington não conseguiu imprimir um estilo próprio nem lançar muitas produções de sucesso.
Hoje, a maior emissora do país se encontra estagnada artisticamente. As novelas não empolgam como antes, os programas de entretenimento só repercutem na imprensa e nas redes sociais quando há gafes e polêmicas, existe dependência de formatos antigos e cansativos como o ‘BBB’.
Amaury Soares precisa, além de arbitrar os problemas urgentes, dar um sopro de novidade ao canal. A sorte da Globo é que os maiores concorrentes, Record e SBT, vivem longa fase minguada e não representam ameaça no ranking de audiência.
Mas os canais pagos e as plataformas de streaming estão no retrovisor da Globo. Cedo ou tarde, passarão a incomodar.