Morreu na noite deste domingo (8), aos 90 anos, a cantora e apresentadora Inezita Barroso, informou a assessoria do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Inezita estava internada desde 19 fevereiro e completou 90 anos no último dia 4 de março. Ela deixa uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.
Em dezembro, a cantora foi hospitalizada após cair dentro da casa em que estava hospedada em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Na ocasião, de acordo com o hospital, ela teria caído da cama e apresentava dores nas costas.
O velório da cantora será realizado nesta segunda-feira (9) na Assembleia Legislativa de São Paulo, a partir das 6h, inicialmente apenas para a família. Posteriormente, o velório deve ser aberto ao público. O sepultamento está previsto, inicialmente, apra as 17h, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, Zona Sul da capital.
Formada em Biblioteconomia na Universidade de São Paulo (USP), Inezita foi uma grande pesquisadora da música caipira brasileira. Por conta própria, percorreu o interior do Brasil resgatando histórias e canções. Reconhecida por este trabalho, foi convidada a dar aulas sobre folclore em uma universidade paulista. Pelo seu trabalho como folclorista, e por ser uma enciclopédia viva da música caipira e do folclore nacional, recebeu o título de ‘doutora Honoris Causa em Folclore’ pela Universidade de Lisboa.
Foi a primeira mulher a gravar uma moda de viola e era considerada a grande dama da música de raiz.
Na televisão, sua carreira começou junto com a TV Record, onde foi a primeira cantora contratada. Depois, passou pela extinta TV Tupi e outras emissoras, até chegar à TV Cultura para comandar por mais de 30 anos o “Viola, Minha Viola”.