Capitão do Juventude (RS), Nenê pede paralisação da Série A do Brasileirão

Capitão do Juventude, o meia Nenê, revelou que iniciou um movimento com os capitães das outras 19 equipes da Série A para a paralisação do Campeonato Brasileiro devido à tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. A CBF anunciou o adiamento dos jogos dos times gaúchos, incluindo Grêmio e Internacional, por 20 dias, até 27 de maio.

Segundo informações do Portal GE, a iniciativa do experiente jogador de 42 anos foi divulgada durante uma entrevista ao canal TNT na última terça-feira (07). Na ocasião, Nenê afirmou que fez um primeiro contato a partir de um grupo de WhatsApp criado antes do início da Série A do Campeonato Brasileiro.

Em suas palavras: “Fiz um texto e enviei no grupo de capitães dos clubes da Série A. Antes do campeonato, tivemos uma reunião com a CBF, envolvendo todos. E agora tentei dar esse pontapé inicial. Temos uma força muito grande e, se nos unirmos, podemos fazer algo para ajudar. Vamos seguir nessa mesma direção. Eu imaginei que a CBF iria paralisar o campeonato. Como houve a reunião e não houve consenso, tentei, a partir disso, falar com os capitães e mudar o rumo. Há cidades que ainda estão sendo inundadas agora, como é o caso de Pelotas. Não há clima algum”, ressaltou o jogador do Juventude.

Conforme o camisa 10 do Juventude, o momento vivido no Rio Grande do Sul demanda uma mobilização ainda maior. Muitas cidades do estado continuam completamente alagadas e o estado registra 107 mortes confirmadas e milhares de desabrigados. Em Porto Alegre, os centros de treinamento e estádios de Grêmio e Internacional foram atingidos pela enchente.

“Neste momento, com a chuva tendo dado uma trégua, o nível da água permanece bastante elevado e a destruição foi imensa. Portanto, gostaria de aproveitar este momento para fazer um apelo, reunir os clubes e tentar interromper as competições. A vida vai além do futebol e não estamos com ânimo algum para jogar e treinar. Apesar de estarmos contribuindo de várias formas para ajudar, recebendo doações de todo o Brasil, nos sentimos impotentes”, destacou Nenê.