Negativa da Fifa quanto a “imposição” de calendário do Mundial de Clubes com 32 equipes

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A Fifa enviou uma carta à Associação de Ligas Mundiais e ao Sindicato Mundial de Jogadores (FIFPro) negando ter “imposto” o calendário internacional, em meio à oposição das duas organizações à realização do Mundial de Clubes de 2025 nas datas estabelecidas pela máxima entidade do futebol.

No documento enviado em 2 de maio ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, ao qual a AFP teve acesso, a Associação de Ligas Mundiais e o FIFPro expressaram preocupação com a sobrecarga no calendário de competições e pediram à organização que reprogramasse o Mundial de Clubes, agora ampliado para 32 equipes e previsto para ocorrer entre 15 de junho e 13 de julho de 2025 nos Estados Unidos.

“Rejeitamos qualquer sugestão ou insinuação de que a Fifa ‘imponha o Calendário Internacional de Partidas (IMC) à comunidade do futebol sem uma consulta adequada, ou para adaptá-lo à sua própria ‘estratégia de negócio'”, respondeu o secretário-geral interino da entidade, Mattias Grafstorm, em carta divulga pela AFP.

Como instância reitora do futebol mundial, temos o dever e a responsabilidade de conceber e implantar um calendário internacional que seja do maior interesse para o futebol global, incluindo as confederações, seleções nacionais, ligas, clubes, jogadores e torcedores. Compreenderão que é um exercício complicado e exigente de equilíbrio, no qual nem sempre é possível agradar a todos”, acrescentou o dirigente.

A Fifa alega ter conduzido o processo de programação de forma eficaz e criteriosa, afirmando que a discussão sobre o calendário internacional ocorreu em várias ocasiões com a Associação Mundial de Ligas de Futebol e o FIFPro em 2021 e 2022.

“Os princípios estratégicos do calendário internacional para 2025-2030 foram aprovados pelo Conselho da Fifa em 16 de dezembro de 2022 e, posteriormente, o próprio calendário foi aprovado pelo Conselho da organização em 14 de março de 2023”, afirmou a federação, convidando a Associação Mundial das Ligas e o FIFPro a retomar o “diálogo” com ela.

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