O contrato profissional inicial assinado por Lionel Messi foi leiloado por US$ 965 mil, equivalente a R$ 4,9 milhões. Trata-se de um rascunho assinado pelo então adolescente argentino, que havia fechado um acordo com o Barcelona ao aceitar o contrato informal redigido a tinta azul por Carles Rexach, na época diretor esportivo do time catalão. Os lances foram realizados entre os dias 8 e 17 de maio pela casa de leilões Bonhams.
“Em Barcelona, em 14 de dezembro de 2000 e na presença dos senhores Minguella e Horacio, Carles Rexach, secretário técnico do FC Barcelona, compromete-se sob sua responsabilidade e pesar de algumas opiniões em contrário, a assinar com o jogador Lionel Messi, desde que mantenhamos aos valores acordados”, declara o contrato improvisado.
Rexach, ex-jogador e ex-treinador do clube, e Josep Minguella, assessor de transferências do time, organizaram um teste para Messi em setembro de 2000. Horacio Gaggioli, agente argentino que levou Messi para fazer os testes no clube catalão, também estava presente e assinou o guardanapo.
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“Foi uma forma pouco convencional de confirmar o interesse em um dos jovens jogadores mais promissores do mundo, mas o recrutamento de Messi não foi isento de obstáculos – sua altura era um problema, a quantidade de dinheiro a ser investida em um jogador de 13 anos era outro obstáculo”, descreve o anúncio da venda.
O pai de Messi, Jorge, era supervisor em uma siderúrgica e a mãe, Celia, também trabalhava em uma fábrica. No entanto, o talento do jovem se tornou evidente enquanto jogava pelo Newell’s Old Boys aos 12 anos, chamando a atenção do Barcelona. Messi e o pai foram para Barcelona fazer um teste, conforme destacado no anúncio do leilão.
As negociações tiveram um impasse, já que alguns membros do clube “não estavam convencidos de que Messi valeria o investimento”. Em dezembro de 2000, Jorge teria ficado impaciente com a “falta de comprometimento do clube”, até que, em 14 de dezembro, Rexach, Minguella e Gaggioli se reuniram para almoçar em um clube de tênis.
Rexach decidiu tomar a iniciativa e pegou um guardanapo de papel de um dispenser sobre a mesa para escrever. O papel, com apenas 16,5 x 16,5 cm, deu resultado e, naquela noite, o então presidente do Barcelona, Joan Gaspart, deu o sinal verde para o acordo, desta vez com as formalidades necessárias.