A agitação política na França não afetará os preparativos para os Jogos Olímpicos, asseguraram o presidente do COI, Thomas Bach, e os organizadores de Paris 2024 nesta segunda-feira (10), depois que o presidente Emmanuel Macron chocou a França ao convocar novas eleições parlamentares.
Macron convocou a eleição antecipada para tentar reafirmar sua autoridade depois que o Reunião Nacional (RN), de extrema-direita, derrotou seu partido na votação de domingo (10) no Parlamento Europeu.
As rodadas de votação serão realizadas em 30 de junho e 7 de julho, sendo que a última ocorrerá menos de três semanas antes do início dos Jogos Olímpicos, de 26 de julho a 11 de agosto em Paris.
Durante um evento de preparação para Paris 2024 na capital francesa, Bach declarou: “A França está acostumada a realizar eleições, eles farão isso mais uma vez, haverá um novo governo e todos apoiarão os Jogos Olímpicos”, e acrescentou que os líderes políticos franceses estavam unidos em seu apoio aos Jogos. “Não tenho nenhuma indicação de que essa unidade será quebrada agora, apenas alguns dias antes da abertura dos Jogos.”
No entanto, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, membro do partido socialista, adotou um tom mais crítico, manifestando dificuldade em entender a decisão de Macron de lançar o país em incerteza política tão perto dos Jogos.
O chefe da Paris 2024, Tony Estanguet, afirmou que sua equipe estava “mais determinada do que nunca” a fazer dos Jogos um sucesso, destacando que já enfrentaram cerca de 10 eleições desde o lançamento da candidatura.
Os organizadores de Paris 2024, em uma declaração à Reuters, afirmaram estar prontos para realizar os Jogos após sete anos de preparação e para ajudar a unir a nação.
“Faltando apenas algumas semanas para os Jogos, entramos em uma fase altamente operacional. Todas as principais decisões já foram tomadas há muito tempo”, diz o comunicado. “O Estado é obviamente um ator fundamental, mas sabemos que podemos contar com seu total engajamento e o de nossos serviços públicos, mesmo no contexto dessas eleições antecipadas, para avançar nas questões restantes.”