O triunfo do Bahia por 2 a 1 sobre o Vasco na quarta-feira (26) gerou reclamações por parte da equipe vascaína em relação à arbitragem conduzida pelo árbitro paulista João Vitor Gobi e a árbitra de vídeo, também paulista e do quadro da FIFA, Daiane Muniz, devido à expulsão do atacante David.
Após a partida, a Comissão de Arbitragem da CBF divulgou o áudio do contato entre os árbitros no momento da expulsão. Durante a conversa, o árbitro de campo afirmou ter observado o braço do atacante David atingindo o rosto do lateral tricolor Gilberto. Em resposta, a árbitra de vídeo, que revisava o replay do lance, confirmou ter visto a ação passível de cartão amarelo e, portanto, o segundo amarelo com o subsequente vermelho.
Segundo a transcrição da conversa entre o árbitro e a VAR, publicada pelo ge.globo:
“João Vitor Gobi (árbitro): – Braço no rosto, braço no rosto.
Daiane Muniz (VAR): – Ok, eu já vi que a mão atinge o rosto adversário.
Gobi: – Proteção, mas não pode deixar no rosto. Não, não, não. Ele abaixou, mas tem o braço, velho. Tem uma ação, é temeridade.
Daiane: – É muito claro para mim, o jogador do Vasco atinge o rosto do adversário com mão aberta e intensidade média.
Gobi: – Tem o braço, velho. Braço temerário.
Daiane: – Portanto eu confirmo o segundo amarelo e o vermelho.
Moura: – Adriano (de Assis Miranda, assistente 2) concorda.
Daiane: – Gobi, confirmado, tá? Segundo cartão amarelo e o vermelho.”
Por outro lado, o comentarista de arbitragem da TV Globo, PC Oliveira, declarou que o lance não justificava um cartão amarelo. De acordo com o ex-árbitro paulista, o movimento do braço do jogador vascaíno foi normal e, portanto, o cartão vermelho foi aplicado de forma equivocada.
O Vasco também contestou o fato de a arbitragem de VAR ter interferido na decisão de campo, enfatizando que o árbitro de vídeo não pode intervir em situações de segundo cartão amarelo.