O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu seu voto nesta quarta-feira (9) para manter sua própria decisão que determinou o retorno do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, ao cargo. A decisão anterior, proferida em 4 de janeiro deste ano, revogou uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro que havia afastado Ednaldo do cargo.
Durante a sessão de quarta-feira, o plenário iniciou a votação para referendar a decisão de Gilmar Mendes. Contudo, um pedido de vista feito pelo ministro Flávio Dino suspendeu o julgamento. Não há previsão para a retomada da análise do caso, então a decisão de janeiro que determinou o retorno do presidente ao cargo continua em vigor.
Em dezembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu destituir Ednaldo Rodrigues do cargo. Na época, a 21ª Câmara de Direito Privado anulou a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público contra as eleições supostamente irregulares realizadas pela CBF em 2017.
Diante desse processo, a entidade máximo do futebol brasileiro concordou em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta em 2022, que incluiu a realização de uma nova eleição, na qual Ednaldo Rodrigues saiu vitorioso. A decisão de afastar Ednaldo Rodrigues da CBF foi tomada a pedido de ex-vices-presidentes da entidade, que perderam seus cargos de acordo com o TAC de 2022, considerado ilegal pelo TJ-RJ.
Após a determinação do tribunal, o ministro Gilmar Mendes concedeu a liminar para manter Ednaldo Rodrigues no cargo. O ministro afirmou que a Fifa enviou diversos comunicados ao Brasil afirmando que não reconhecia o interventor indicado pelo TJ-RJ para a CBF, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Com informações da Agência Brasil.